Produção industrial brasileira recua em julho com impacto em diversos ramos, aponta IBGE
Principais influências negativas vieram de setores como veículos automotores e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos

A produção industrial no Brasil registrou um recuo de 0,6% em julho em comparação com o mês anterior, resultado de perdas em 15 dos 25 ramos pesquisados, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As principais influências negativas vieram de setores como veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,5%), indústrias extrativas (-1,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,1%) e máquinas e equipamentos (-5,0%).
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Outros segmentos que apresentaram quedas significativas incluem confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,0%), produtos de metal (-4,8%) e produtos de borracha e de material plástico (-3,8%).
Por outro lado, entre as nove atividades com crescimento, os maiores impactos positivos foram observados em produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,2%), produtos alimentícios (0,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,7%).
Comparando com o mesmo período do ano anterior, julho de 2023 teve uma queda de 1,1% na produção industrial, resultado de perdas em 17 dos 25 ramos industriais investigados na Pesquisa Industrial Mensal do IBGE.
Comparação com julho de 2022
Segundo André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE, não houve efeito calendário, já que julho de 2023 e julho de 2022 tiveram o mesmo número de dias úteis. Os principais impactos negativos foram registrados em veículos automotores, reboques e carrocerias (-9,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-25,3%), produtos químicos (-6,7%) e máquinas e equipamentos (-9,8%).
Também foram observadas quedas relevantes em outros setores, como máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,1%), celulose, papel e produtos de papel (-5,7%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-9,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,6%), produtos de borracha e de material plástico (-3,7%), metalurgia (-2,4%), produtos de minerais não metálicos (-4,0%) e móveis (-9,0%).
Entre as oito atividades em alta, destacam-se indústrias extrativas (7,0%) e produtos alimentícios (4,5%). Também houve aumentos significativos em coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,6%), impressão e reprodução de gravações (29,8%) e outros equipamentos de transporte (9,8%).
O índice de difusão, que indica a proporção de produtos com aumento na produção em relação ao mesmo mês do ano anterior, passou de 42,5% em junho para 39,9% em julho.
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