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Preços dos itens de padaria aumentou até 47% neste ano

Os principais ingredientes do café da manhã dos paraenses tiveram altas superiores à inflação

Fabrício Queiroz
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Os itens mais consumidos seja no café da manhã ou da tarde ficaram mais caros nos últimos 12 meses em Belém. No período entre setembro do ano passado e setembro de 2022, a dupla café com leite teve as maiores altas, com variação de 45,77% e 46,3%, respectivamente. Porém, os demais produtos que compõem o lanche sofreram com a inflação. De acordo com levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), o valor do açúcar subiu 30,9%, o pão teve aumento de 29,8% e a manteiga de 25,1%.

A alta dos alimentos também foi acentuada entre janeiro e setembro de 2022. No período a variação foi de 47,6% para o leite, 28,9% para o pão, 23,1% para a manteiga, 18,1% para o café e 10,6% para o açúcar. Em ambos os casos, no entanto, os reajustes foram superiores à taxa da inflação, já que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro a agosto, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 4,39% e, nos últimos 12 meses, a variação foi de 8,73%.

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Os aumentos sucessivos tem tido impacto direto sobre os empreendimentos, que tem repassado os aumentos para os consumidores. Em uma panificadora do bairro de Batista Campos, por exemplo, o preço do quilo do pão foi reajustado ao longo do ano de R$ 14,90 para R$ 17, afirma Odineia Almeida, que é gerente do negócio.

“Os aumentos foram generalizados, principalmente com pão, leite e derivados. Alguns aumentaram 10%, outros 15%, mas alguns chegam a até 15%. A gente tenta ao máximo segurar os preços, mas chega uma hora que temos que repassar para o cliente porque senão a padaria quebra”, relata Odineia, que garante que o fluxo de clientes é constante, mesmo com os preços mais elevados.

“Alguns fornecedores nos falam que o motivo da alta é a guerra na Ucrânia e outros falam que tem a ver ainda com os efeitos da pandemia. Foi anunciada uma redução do preço do trigo e agora estamos esperando baixar”, complementa a gerente. O presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado do Pará (Sindipan), André Carvalho, nutre a mesma expectativa desde que o governo estadual anunciou uma redução na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), passando de 17% para 7%.

“Infelizmente ainda sentimos essa redução, pois os moinhos alegam que a alta do dólar e a guerra não deixaram que essa diminuição fosse sentida”, explica Carvalho, que no entanto mantém a perspectiva positiva, já que beneficiaria tanto as cerca de 2 mil panificadoras do estado quanto os consumidores em geral. “A população não comporta todo esse aumento e opta pela mudança para alguns itens mais baratos”, afirma o presidente do Sindipan, relatando que observa uma maior venda de produtos de marcas menos conhecidas, bem como de produtos similares, como os compostos lácteos.

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