Preço do tomate cai, mas alta do ano fica em quase 30%
Em relação ao mês de maio do ano passado, o reajuste fechou em 56%
Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (24), pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostrou que o tomate ficou 1,73% mais barato em Belém em maio, e a tendência para o mês de junho é de nova queda, segundo o supervisor técnico do órgão, economista Roberto Sena. O quilo do produto, no mês passado, custava R$ 7,37, contra os R$ 7,50 praticados em abril. Mesmo com o recuo, o cenário é oposto quando a análise é feita em relação ao acumulado deste ano. Entre os meses de janeiro e maio, houve um reajuste de 29,53%, já que o tomate era vendido a R$ 5,51 no primeiro mês do ano. Em comparação a maio de 2018, a alta foi ainda mais notável - 56,81% -, quando o quilo do alimento custava R$ 4,70.
No complexo Ver-o-Peso, a vendedora Lauderina Martins disse que precisou elevar o preço do quilo de tomate em sua banca - era vendido a R$ 3 em maio e agora passou a custar R$ 5. Esse aumento é de 66%, maior que a indicação dos estudos do Dieese e em um período mais curto. Segundo Lauderina Martins, isso aconteceu porque os fornecedores do alimento também reajustaram seus preços. "O custo do tomate tem muitas variações ao longo do ano. Ele fica subindo e caindo de preço, é normal. Infelizmente, precisei aumentar para poder me manter, porque o movimento tem sido muito fraco aqui na banca", contou a vendedora.
Outro comerciante do mesmo mercado, o Herbert Bruno, disse que manteve os preços do tomate estáveis desde o início do ano, a R$ 4,50 por quilo. "O movimento aqui no complexo não tem sido muito bom, não sei por quê. Então não tenho como aumentar, vou perder ainda mais clientes, e também não posso diminuir porque perco mais dinheiro, por isso mantive", disse.
Na opinião da aposentada Maria José, de 68 anos, as variações são constantes, mas bem pequenas. "Ainda não senti que o preço caiu recentemente, e quando fica mais barato é bem pouco. Apesar das variações, acredito que esteja bem estável", comentou a consumidora.
Um dos impactos dos altos preços do tomate é nos restaurantes da capital. Luciana Souza, de 37 anos, tira seu sustento de sua cozinha, onde produz marmitas para entregar durante o horário de almoço. Junto com as carnes e os acompanhamentos, as saladas levam tomate, além do próprio vinagrete. Segundo a vendedora, foi preciso reduzir as quantidades de tomate nas porções. "Os preços vêm aumentando desde o meio do ano passado, e já notei este ano também. Se eu continuasse colocando as mesmas porções, não ia obter lucro, porque não é só isso que aumenta, tem que saber balancear", disse.
Alguns dos benefícios do tomate para a saúde são a prevenção do câncer de próstata e de problemas cardiovasculares, porque possui antioxidantes que protegem as células e mantêm os vasos sanguíneos saudáveis. Além disso, reduz os riscos de infarto, diminui a retenção de líquidos e ajuda a prevenir cataratas. Por ser rico em vitamina A, auxilia nos cuidados com a visão, pele e cabelo, fortalecendo o brilho deste último. O alimento também ajuda a regular a pressão arterial e fortalece o sistema imune.
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