Preço de hortifrutis disparou na Grande Belém

Entre eles, a cebola teve alta de 53,11%

Elisa Vaz / Redação Integrada

Quem tem o costume de fazer refeições com os chamados hortifrútis - hortaliças, legumes e verduras - pode se preparar para gastar mais. Uma pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que houve um aumento no preço destes produtos no acumulado de 2018 na Grande Belém, ou seja, entre os meses de janeiro e dezembro. 

A maior alta foi no preço da cebola, que aumentou 53,11% nos doze meses, seguida do tomate, com alta de 49,74%, e da beterraba, cujo preço foi reajustado em 34,22%. Também apresentaram aumento no preço a macaxeira (15,93%), o cariru (12,05%), alface (11,85%) e o quiabo (11,07%), entre tantos produtos que fazem parte da rotina dos paraenses.

Grande parte dos alimentos registrou alta maior que a da inflação em 2018, que fechou o ano em 3,75%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Proprietário de um restaurante no centro da capital paraense, Rodrigo Albuquerque, de 39 anos, contou que já foi necessário fazer o repasse aos clientes. "Normalmente, quando há aumentos, nós evitamos repassar aos consumidores no preço da alimentação. É sempre nossa última opção", garantiu. No lugar disso, ele busca cortar gastos em outras áreas, mas nem sempre funciona.

"Como os reajustes foram constantes em 2018, não havia como manter os mesmos valores. Agora, os legumes e verduras, que eram considerados itens mais baratos, alcançaram o nível de alimentos de custo mais elevados", explicou. 

Na feira, os vendedores também estão repassando os novos valores aos compradores, mas de forma mais lenta - nem todos os produtos ficaram mais caros este ano. A feirante Luciana da Conceição, de 46 anos, disse que, até agora, só está vendendo o tomate a preços mais elevados.

"Essa época de chuva deixa, naturalmente, os produtos mais caros. Os produtores sobem o preço e repassam para nós, vendedores, que precisamos aumentar também para nossos clientes. Quando a safra é boa conseguimos a custos bem mais baixos", contou. 

Já nos supermercados, parece que os reajustes ainda não chegaram, apesar dos preços mais caros em comparação às feiras de rua. Ruthi Gomes mora sozinha e faz as compras de casa semanalmente, para não perder alimentos que estragam com facilidade.

Segundo ela, ainda não possível sentir aumentos em relação aos preços que já está acostumada. "Não gosto de comer sem salada, mas compro os legumes mais básicos, como cenoura e batata, além de alguns temperos. Acho que ainda não percebi porque compro em pequena quantidade, apenas o que será consumido durante a semana", mencionou.

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