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Quer guardar dinheiro para os filhos? Conheça diferentes tipos de investimentos a longo prazo

Poupança e previdência privada estão entre as opções apontadas por especialistas

Abilio Dantas/ O Liberal
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Além da tradicional entrega de presentes, o Dia das Crianças é também momento de pensar no futuro dos menores. Pais e responsáveis possuem atualmente algumas opções de organização financeira para reservar a seus filhos a certeza de que terão dinheiro guardado quando a idade adulta chegar. Poupança, previdência privada, compra de imóveis ou aplicação em fundos de investimentos imobiliários são alguns dos caminhos mais utilizados.

O economista Mário Tito Almeida, professor da Universidade da Amazônia (Unama), destaca poupança e previdência privada como os dois principais meios para quem quer poupar dinheiro para os filhos. O especialista afirma que a principal diferença entre os dois está no fato de que a poupança rende muito pouco atualmente, no Brasil, enquanto a previdência privada é mais lucrativa, a depender do tempo estabelecido sem que a pessoa “toque” no dinheiro.

“A poupança, atualmente, serve apenas para manter o dinheiro, vale mais pelo caráter pedagógico, da pessoa adquirir o hábito de economiza. Pela questão do rendimento não é a melhor opção, porque está rendendo muito pouco, cerca de meio por cento por mês e 6% ao ano, sendo que a inflação está em 10% ao ano. Mas, por outro lado, existe a segurança de que o dinheiro está guardado, apesar de render pouco”, afirma o economista.

A caderneta de poupança, chamada simplesmente de poupança, é uma espécie de conta bancária que tem menos funções que uma conta corrente, já que tem como única função ser uma salvaguarda futura de recursos. O rendimento ocorre por aniversário, o que significa que se a aplicação foi em um dia sete, por exemplo, o rendimento só ocorrerá no dia cinco do próximo mês, não todos os dias.

De acordo com Mário Tito, a história da população brasileira com a poupança é antiga e já passou por diferentes fases. “As pessoas ficaram com um certo trauma depois do confisco das poupanças, no governo Collor. Em um primeiro momento, houve uma diminuição (do número de pessoas que utilizavam as poupanças), mas isso foi revertido com o advento do Plano Real, que fez as pessoas retomarem a confiança”, analisa.

É possível verificar o rendimento da poupança em um período consultando a Calculadora do Cidadão do Banco Central, plataforma que está inserida no site oficial do banco. Com a calculadora poupança e simulador poupança, é necessário inserir a data inicial, a data final e o valor a ser corrigido para encontrar o valor final levando em conta o rendimento do período.

As previdências privadas, por outro lado, ainda segundo o economista, representam a opção de investimento com as maiores margens de rendimento. “Não tenho dúvida de que o melhor caminho é a previdência privada. O rendimento depende do tempo colocado pelo investidor em que ele não irá mexer no dinheiro”, explica.

A compra de imóveis é outra opção, mais tradicional, também destacada por Mário Tito. “O investimento em imóveis é muito maios seguro. Quando você investe em aplicações, você fica ao sabor dos humores do mercado financeiro. No caso do imóvel, não. Diferentemente do automóvel, que vai perdendo valor, o imóvel vai sempre ganhando valor no mercado interno. O imóvel é sempre uma reserva de valor”, define.

A advogada Priscila Souza, especialista em Direito Previdenciário, optou pela previdência privada como meio de guardar dinheiro para suas duas filhas, de dois e cinco anos. “Uma das vantagens da previdência da previdência privada que eu destaco é a ausência de burocracia, caso, por exemplo, haja a morte dos pais. Não é necessário fazer inventário para que os filhos possam ter acesso aos rendimentos”, demarca.

“Hoje em dia, para fazer um investimento, é preciso estar atento sobre a rentabilidade, por isso a previdência privada é melhor”, completa. Para dar uma segurança ainda maior para as filhas, a advogada conta que também contratou seguro de vida para as duas meninas. “Eu e meu marido decidimos por essas duas formas para garantir o futuro das nossas filhas: o seguro de vida e a previdência privada”, reitera.

Confira os tipos de investimento (infográfico):

Poupança

- Também conhecida como caderneta de poupança, é um tipo de conta bancária onde é possível reservar dinheiro e receber uma rentabilidade.

- Para utilizar bem a poupança, é necessário analisar a Taxa Selic e a Taxa Referencial (TR). A remuneração básica é o valor mensal da TR, e a remuneração adicional é calculada de acordo com a Selic.

- Por exemplo: se a Taxa Selic estiver fixada em 4,5% ao ano, e a Taxa Referencial em 0%, considerando 70% da Selic + TR, a taxa de rendimento é de 3,15% ao ano ou 0,2625% ao mês.

- A poupança não tem incidência de Imposto de Renda (IR), ou seja, todo o valor que estiver na conta poupança pode ser sacado sem a necessidade de pagar o imposto.

Previdência privada

- É uma alternativa de renda complementar à previdência pública. Todas as modalidades oferecidas neste modelo são fiscalizadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão do governo federal.

- Diferentemente do que ocorre na previdência social, esse tipo de renda complementar permite que o investidor escolha o valor da contribuição e a periodicidade com que será feita. O valor investido pode ser resgatado caso a pessoa desista do plano.

- Existem dois planos disponíveis: o Plano Gerador de Benefícios Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

- O plano PGBL é mais indicado para pessoas com renda alta. Para casos em que o valor pago representa até 12% da renda bruta anual, o valor pago é abatido no Imposto de Renda.

- O VGBL não pode ser abatido no Imposto de Renda. No entanto, quando o dinheiro é sacado, a incidência de imposto é referente ao rendimento do investimento. Por exemplo, se o valor total é de R$ 300 mil, mas o rendimento ao longo do plano foi de R$ 70 mil, o imposto será cobrado de acordo com o último valor.

Compra de imóveis

 - Uma das formas mais tradicionais de investimento.

- Investir em imóveis permite que você gere uma renda passiva, ou seja, uma espécie de salário.

-  É a forma de investimento mais estável. Não pode ser congelado pelo governo, como a poupança.

- Investir em imóveis significa a compra de empreendimentos residenciais e comerciais, sejam terrenos ou loteamentos.

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