Paraenses já receberam pelo menos R$ 278 milhões pelo Pronampe

O programa nacional de crédito oferece empréstimos a juros mais baixos e com prazos extensos para o pagamento aos donos de micro e pequenas empresas

Daleth Oliveira

Após dois meses de operacionalização, ao menos R$ 278 milhões já foram destinados aos microempreendedores individuais (MEI) e os micro e pequenos empreendedores paraenses por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). No Pará, este valor foi desembolsado por 3 mil empresas que solicitaram o crédito no Banco do Brasil.

O Pronampe oferece empréstimos a juros mais baixos e com prazos extensos para o pagamento aos donos de micro e pequenas empresas. Interessados podem procurar as instituições financeiras para fazer a avaliação de crédito. No dia 25 de julho deste ano foram disponibilizados R$ 50 bilhões para o programa, que deve beneficiar cerca de 18,5 milhões de empreendedores brasileiros.

Só no Banco do Brasil, R$ 10 bilhões já foram liberados nesta nova etapa. A quantia beneficiou mais de 103 mil micro e pequenas empresas de todo o país. Na região Norte do Brasil, foram beneficiadas mais de 6 mil empresas, atendidas com R$ 626 milhões desembolsados.

Desde 2020, a instituição já repassou R$25,3 bilhões na modalidade, atendendo a mais de 245 mil empresas. No mesmo período, foram liberados na região Norte R$ 1,4 bilhão para 13 mil empresas. Apenas no Pará, R$ 588 milhões foram repassados para mais de 5 mil empresas.​

O Pronampe

O programa foi criado como instrumento de apoio no combate aos impactos econômicos provocados pela pandemia da covid-19. Os recursos podem ser utilizados para investimentos, para capital de giro, para a aquisição de máquinas e equipamentos, realização de reformas, compra de matérias-primas e mercadorias e também para despesas operacionais, como o pagamento de salário dos funcionários, contas de água, luz e aluguel.

Para Valber Cordeiro, presidente da Federação das Micros e Pequenas Empresas do Estado do Pará (Femicro-PA), o crédito é importante para a recuperação da economia, fomentando a geração de emprego e renda.

“O Pronampe é uma oportunidade muito boa para os micro e pequenos empresários, porque eles não querem apenas crédito, mas também querem a facilitação desse crédito. Não faz sentido ter a mesma burocracia para quem pede R$ 1 milhão e R$ 30 mil. E nesse momento de superação de crise econômica, esse empréstimo, se bem utilizado, pode ajudar muitos a saírem do vermelho, gerando emprego e renda”, declara Valber.

Sobre o bom uso do dinheiro, o titular da federação dá a dica: planejamento. “A nossa orientação é simples. Primeiro, não solicite o crédito se não precisar de fato. Tenha consciência de que isso é uma dívida. Mas caso realmente esteja necessitado, primeiro se planeje para utilizar o recurso de uma forma que consiga ter lucro o suficiente para, mensalmente, guardar uma parte para pagar o banco. É muito importante que uma porcentagem do retorno desse investimento seja separado para o pagamento da dívida, para assim, as contas não virarem uma bola de neve”, aconselha Cordeiro.

Como solicitar

O primeiro passo para consultar as linhas de crédito do programa é acessar o Portal do Centro Virtual de Atendimento (Portal e-CAC), opção "Autorizar Compartilhamento de Dados", selecionar as instituições bancárias para as quais se deseja solicitar a proposta de financiamento e, depois, autorizá-las a consultar o faturamento do ano de 2021. Após esses procedimentos, já é possível procurar os bancos participantes do programa. Esses bancos poderão formalizar operações entre até o dia 31 de dezembro de 2024.

De acordo com as novas regras, o prazo máximo de pagamento das operações contratadas via Pronampe é de 48 meses para um financiamento de até 30% do faturamento, declarado pela empresa no ano de 2021, limitado a até R$ 150 mil, com carência de até 11 meses. Os juros são de 6% aa + Selic. As instituições financeiras participantes poderão requerer a garantia do Fundo Garantidor de Operações (FGO), regido pela Lei nº 12.087/2009 e administrado pelo Banco do Brasil.

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