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Paraenses buscam as mais variadas formas para economizar no consumo de energia

O possível aumento de 20% na bandeira tarifaria, anunciado ontem (15) pela Aneel, foi recebido com indignação pelos consumidores.

Laís Santana / O Liberal

O possível aumento de 20% na bandeira tarifaria adotada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foi recebido com preocupação e indignação pelos paraenses. O Pará é o segundo estado a produzir mais energia para o país: cerca de 11% da energia consumida pela população do país é proveniente das centrais geradoras de energia existente em território paraense. As principais são as hidrelétricas localizadas nos municípios de Tucuruí e Altamira/São Félix do Xingú que, juntas somam 97,6% do potencial energético de todo Estado.

Contudo, dados da Aneel apontam que o paraense paga a tarifa mais cara da região Norte, com preço de R$ 0,703 por quilowat (kWt).  

Na casa da autônoma Ana Vivian Marques, 39 anos, foi necessário adotar medidas como a extinção do ferro de passar roupa e os filhos passaram a dormir no mesmo quarto para não ligar mais de um aparelho de ar-condicionado. 

“Para economizar energia, primeiramente foi banida a passada de roupa, já coloco as camisas para secar nas cruzetas, para ficar bem retinha, para não ter que usar o ferro, os filhos dormem em um só quarto para não ter que ligar 3 ar-condicionados, evito uso de micro-ondas e tento apagar as luzes em ambientes que não estamos frequentando no momento”, conta.  

No mês de maio ela e o marido pagaram R$ 639 de conta de energia, já em junho o valor passou para R$ 712. “Na verdade, eu tenho uma grande dúvida de como é feito essa distribuição de energia em.nosso estado, já que o mesmo possui duas hidroelétricas, é fornecedor de energia potencial do país, e a nossa é uma das mais caras do mesmo”, questiona Ana Vivian. 

Imaginar que a tarifa de energia possa sofrer um novo aumento deixa a autônoma angustiada. “sem contar que não é a energia que aumenta, são tantas coisas que estão caras, a carne, o gás, enfim, com esta pandemia, tudo foi afetado no bolso da população, não só brasileira, mas também mundial”, completa. 

Engenheiro Mecânico, Welton Jaques, foi além na hora de buscar estratégias para reduzir o consumo de sua residência. Lá, a família de Jaques abandonou o uso de ar-condicionado, substituindo o aparelho por ventiladores. Já na parte comum da casa, é usado apenas uma lâmpada, as outras ficam desligadas. 

Quando é necessário utilizar a máquina de lavar roupa a geladeira é desligada para evitar perda de energia por excesso de corrente na fiação. “A geladeira foi trocada por uma mais moderna, assim como a máquina de lavar, isso reduziu drasticamente nosso consumo”, revela o engenheiro. 

No histórico de consumo dos últimos 12 meses, Welton Jaques mostra que em junho de 2020 o consumo foi de 253 kWh, enquanto no mesmo período deste ano, o índice caiu para 195 kWh. 

“Hoje a energia tem um impacto menor nas contas devido à mudança de hábitos e privação de conforto com o não uso do ar-condicionado, mas já chegou a impactar quase metade do orçamento”, pontua. 

Para a professora de Educação Física, Ana Cristina da Silva, 43 anos, pagar a conta de energia hoje pede que o consumidor corte gastos em outras áreas também essenciais. “O valor é injusto, pois temos hidrelétricas em funcionamento no nosso estado, com riqueza hídrica, e não deveríamos ser taxado como o restante do país”, afirma.

A professora aconselha que para economizar o consumidor evite deixar aparelhos eletrônicos ligados a tomada, se for necessário passar roupa que o faça em períodos maiores e evite longos banhos utilizando o chuveiro elétrico. “Preciso economizar em outras necessidades para poder pagar a conta de energia em dia”, acrescenta. 

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