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Pará registra alta de quase 10% nas exportações do primeiro trimestre

Entre janeiro e março, Estado somou quase US$ 5 bilhões em vendas, na comparação com mesmo intervalo do ano passado

Elisa Vaz
fonte

A balança comercial do Pará teve um bom desempenho no primeiro trimestre deste ano. As exportações feitas pelo Estado entre janeiro e março somaram US$ 4,9 bilhões, o que representa uma alta de 9,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Com isso, o Pará ocupa a sexta posição no ranking dos estados que mais exportaram no Brasil e fica com uma participação de 6,74% de tudo que foi vendido para fora no intervalo. As cidades do interior representam 98% das exportações, contra 2% na Região Metropolitana de Belém.

Para a coordenadora do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), Cassandra Lobato, com esses resultados o setor viu uma retomada das compras por outros países no início do ano. “É uma consequência dos pedidos de normalização pelos compradores. Cada vez mais, o Estado retoma, é um fato bem natural no início do ano. Houve também a valorização dos produtos, e além disso o Estado tem um vasto portfólio de clientes, principalmente na mineração”, afirma. Um destaque é que o município de Canaã dos Carajás passou à frente de Parauapebas nas exportações gerais.

Produtos mais vendidos pelo Pará

Entre os produtos que o Pará mais vendeu no trimestre, os minérios ocupam o maior percentual da “pizza”, com 88% de tudo que é exportado - antes, segundo Lobato, os itens respondiam por 84%. Os principais são o minério de ferro, que teve variação de 25,6%, e o minério de cobre, com alta de 6,25%. No primeiro caso, o país que mais comprou foi a China, enquanto o segundo foi vendido em maior quantidade à Alemanha.

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Especificamente sobre a carne, Cassandra afirma que houve uma variação de quase 90% na venda do alimento. E a recente conquista do Pará como Estado livre de febre aftosa sem vacinação, estabelecida pela Portaria nº 665 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), deve impactar as exportações paraenses em um futuro próximo. Os itens que mais se destacaram em variação foram bexigas e estômagos de animais (140,68%), couros e peles (137%), farinhas e sêmolas (119%) e suco de frutas (106,02%).

Em relação à participação de cada produto na balança comercial, a ordem é a seguinte: minério de ferro (65%), minério de cobre (10%), alumina (7,3%), carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (3,4%), soja (2,9%), alumínio (2,1%) e outros. “O que também conseguimos visualizar foi uma mudança de compradores por bloco econômico. Na América do Norte, eram os EUA em destaque, houve uma substituição pelo Canadá. No Mercosul, houve mudança da Argentina pelo Paraguai. Na União Europeia era a Alemanha, agora é a Holanda. Só na Ásia que ainda permaneceu com a China em primeiro lugar”, afirma. Isso, segundo Cassandra, é reflexo da diversificação de mercados.

Importações do Pará em 2024

Quanto às importações, o resultado do Pará foi de US$ 499,3 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que responde a uma queda de 14,8% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, resultando em uma participação de apenas 0,8% entre o que é comprado e na 16ª posição entre os estados brasileiros. A diferença entre as exportações e as importações é o saldo, que, no caso do Pará, ficou positivo no trimestre, na casa dos US$ 4,4 bilhões.

Na avaliação da coordenadora do CIN, da Fiepa, Cassandra Lobato, o percentual de queda registrado pelo Pará foi alto para a média. Os motivos podem ser a falta de inovação, falta de máquinas e equipamentos, e deficiências na parte siderúrgica. “É algo que precisamos trabalhar mais”, declara.

Balança comercial do Pará no primeiro trimestre

Exportações

  • Total: US$ 4,9 bilhões
  • Variação: 9,6%
  • Participação no Brasil: 6,74%
  • Posição no ranking de estados: 6ª

Principais produtos exportados (em participação)

  • Minério de ferro e seus concentrados: 65%
  • Minério de cobre e seus concentrados: 10%
  • Alumina: 7,3%
  • Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada: 3,4%
  • Soja: 2,9%
  • Alumínio: 2,1%
  • Demais produtos da indústria extrativa: 1,7%
  • Elementos químicos inorgânicos: 1,1%
  • Animais vivos: 1%
  • Madeira: 0,95%
  • Demais produtos da indústria de transformação: 0,87%

Importações

  • Total: US$ 499,3 milhões
  • Variação: -14,8%
  • Participação no Brasil: 0,8%
  • Posição no ranking de estados: 16ª

Fonte: Mdic

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