Pará é o sexto Estado que mais exporta em 2019 e agora tem o segundo melhor saldo

Número representa um crescimento de 11,86% em relação a igual período do ano passado

Elisa Vaz/Redação Integrada de O Liberal
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Sexto lugar no ranking dos Estados brasileiros que mais exportaram nos oito primeiros meses deste ano, o Pará atingiu US$ 11,34 bilhões em exportações na balança comercial, segundo os dados do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). O número representa um crescimento de 11,86% em relação a igual período do ano passado, quando foram exportados US$ 10,14 bilhões.

Embora o Pará já estivesse nessa posição desde julho, a novidade é que o Estado também alcançou um novo marco: está em segundo lugar entre as unidades da federação com melhor saldo, ou seja, a diferença entre os produtos exportados e os importados. Agora, apenas Minas Gerais está na frente no ranking.

Conforme a coordenadora do Centro Internacional de Negócios (CIN), da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Cassandra Lobato, o posicionamento é muito positivo para a economia local. “Durante muito tempo fomos o sexto principal Estado do país em termos de exportações, mas perdemos este posto com a greve dos caminhoneiros, no ano passado, porque ela prejudicou o escoamento de produtos no Pará e fez o dólar oscilar. Também tivemos o período eleitoral, época em que os investidores têm mais dúvidas e prefere segurar seus recursos”, comentou.

Agora, com as duas conquistas, a especialista acredita que o cenário deve refletir na manutenção dos empregos na região, assim como na geração de novas vagas e novos contratos para exportação. Entre os produtos mais exportados entre janeiro e agosto deste ano, segundo o CIN, o destaque é do minério de ferro, que totalizou US$ 7,36 bilhões, sendo que o maior comprador é a China. Esse produto detém 90,03% do que é exportado do Pará.

Milho

Quanto aos pontos percentuais, o item que teve maior variação entre os oito primeiros meses do ano passado e os oito primeiros deste ano, o milho em grãos teve destaque, com crescimento de 1.365% no comparativo de exportação. “Isso aconteceu porque temos produzido mais e recebendo mais demanda”, explicou Lobato. No mesmo intervalo deste ano, os produtos não tradicionais, como soja, bovinos e milho, detiveram 7,07% do que foi exportado, e os tradicionais, como madeira, ficaram com 2,30% do total.

Frigoríficos

Um fator que deve contribuir para o aumento das exportações por parte do Pará é a mais recente conquista do Estado no mercado internacional: quatro frigoríficos paraenses receberam habilitação para exportar para o mercado chinês. Segundo a coordenadora do CIN, isso traz novas perspectivas para o setor. “É uma excelente notícia. O setor de exportação de carne vem trabalhando para se adequar aos padrões de outros Estados para dar mais qualidade à população. Em longo prazo, daqui a seis meses, em média, isso deve resultar em contratos internacionais”, adiantou Lobato.

Logística

A especialista ainda elogiou os esforços por parte dos diversos setores paraenses, mas aguarda a implementação de política eficiente no Pará quanto à logística, para resultar em mais exportações. “Temos muita dificuldade de escoamento, a logística é difícil, e, mesmo assim, o Estado se mantém em posições de destaque. O que nos falta é mais gestão, porque produtos nós temos. Precisamos de mais planejamento e preparação, e a vitoria da carne mostra como estamos amadurecendo”, pontuou.

O estudo do Ministério ainda falou das importações, que, entre janeiro e agosto deste ano, chegaram em R$ US$ 831,16 milhões, com uma variação de 6,39% em relação aos oito primeiros meses de 2018, que importou, em valores, US$ 781,31 milhões. Com este resultado, o Pará fechou os oito primeiros meses deste ano com um saldo de US$ 10,50 bilhões.

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