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Mais de dois milhões de paraenses têm contas atrasadas, mostra pesquisa; veja como evitar a situação

Segundo a Fecomércio-PA, o percentual de inadimplentes chega a quase 29% da população

Elisa Vaz

O Pará ficou em 9º lugar entre os Estados com maior inadimplência em agosto, somando 2,3 milhões, segundo dados do Serasa Experian. O número é confirmado pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Federação do Comércio do Pará (Fecomércio-PA), que aponta uma taxa de 28,6% dos consumidores com contas em atraso. Já os endividados, ou seja, quem tem parcelas futuras para pagar, somam 64,9%, taxa inferior à do mesmo mês do ano passado, quando ficou em 65,1%. Saiba como evitar o endividamento.

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Alguns fatores podem ter motivado o destaque negativo do Pará em relação a outros Estados do Brasil, sendo um deles a quantidade de crédito que foi ofertado localmente, de acordo com o economista Valfredo de Farias. "A renda da população a gente sabe que não é muito alta, então, geralmente, quando você tem muito crédito sendo liberado, como limite de cartão, cheque especial, crediário de loja e consignado, isso vai endividando essas pessoas e às vezes perdem o emprego ou a renda não comporta e elas não conseguem pagar. Vai pagando o mínimo, a metade, isso vai arrolando e virando uma bola de neve, aí chega uma hora que não conseguem mais pagar e se torna inadimplente", explica.

Cartão de crédito é o maior vilão das finanças

O especialista diz que, hoje, o maior endividador é o cartão de crédito. De acordo com a Peic, a maior fonte de dívidas dos paraenses é essa modalidade de pagamento, representando 82% do total. Em seguida, aparecem:

  1. Carnês e boletos (15,2%);
  2. Crédito pessoal (12,6%);
  3. Crédito consignado (11,6%);
  4. Financiamento de carro (9,2%);
  5. Cheque especial (5,6%);
  6. Financiamento de casa (4%);
  7. Outras dívidas (3,6%);
  8. Cheque pré-datado (0,2%).

"Você pega as pessoas que não têm nem renda, não têm emprego, mas têm seu cartão de crédito com um limite liberado ali. Às vezes é pequeno, mas para essas pessoas é grande, principalmente quem recebe benefícios do governo. Isso também ajuda a se tornar inadimplente. O endividamento não é o problema, todos nós temos dívidas com o banco, como um carro financiado, um imóvel financiado, o nosso cartão também é um financiamento, de certa forma; o problema é quando eu não tenho dinheiro para pagar essa dívida, e aí eu me torno inadimplente", opina Valfredo.

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Para ele, a principal forma de evitar este cenário de inadimplência é ter controle financeiro e um planejamento, evitando compras por impulso e parceladas. Outra dica é não emprestar o cartão para outras pessoas, porque isso também pode gerar problemas financeiros, além de ter o mínimo possível de cartões, com limites não muito altos. Quanto maior o limite do cartão, segundo o economista, maior a chance de se endividar e de se tornar inadimplente.

"Evite compras desnecessárias por impulso. Por exemplo, se eu saio para um shopping, levo meu cartão, sei que tem crédito, vejo algum negócio barato que eu nem queria comprar. Às vezes eu sou tentado a comprar e compro. Se eu não andasse com o cartão não compraria isso", orienta. Mais uma indicação de Valfredo é sempre anotar os gastos, seja em um caderno ou virtualmente, no Excel ou celular. Caso o consumidor já esteja inadimplente, a dica é tentar negociar a dívida com o banco e, após isso, evitar utilizar o cartão até que essa dívida seja paga. "Infelizmente, a gente sabe que muitas famílias dependem do cartão para se alimentar. Então, às vezes, elas não têm como fazer isso. Mas tem que estar muito atento aos gastos desnecessários, às vezes supérfluos, que a gente faz, coisas que não precisa em casa", finaliza.

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Veja o cenário da inadimplência no Pará

  • 2,3 milhões, segundo o Serasa
  • 28,6%, segundo a Fecomércio-PA
  • 64,9% da população endividada

Como evitar ficar endividado?

  1. Ter controle financeiro
  2. Anotar os gastos e ganhos
  3. Evitar despesas desnecessárias
  4. Não fazer compras parceladas
  5. Não emprestar cartão para terceiros
  6. Ter poucos cartões de crédito, com baixo limite
  7. Negociar as dívidas com o banco
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