Inverno amazônico deixa acessórios de chuva até 10% mais caros

Consumidores e vendedores sentem no bolso

Maycon Marte | Especial para O Liberal
fonte

Os acessórios para se proteger das chuvas intensas provocadas pelo inverno amazônico estão mais caros nos comércio local, mas com previsão de normalização. Dados de um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas do Pará (DIEESE/PA), registram aumento de até 10% sobre o valor destes produtos. O meteorologista José Raimundo Souza avisa que “o período de chuvas deve permanecer até o mês de maio”, durante esse tempo as chuvas devem continuar influenciando os preços na capital na capital paraense.

Com uma presença relevante entre os consumidores, o mercado popular é um dos mais procurados pelos clientes que buscam sombrinhas, capas e guarda-chuvas. A pesquisa de preços do DIEESE/PA identificou uma variação neste mercado de R$25 a R$30, considerando a variedade de modelos e formatos que também influenciam o valor do produto final. Segundo a vendedora Vera Alves, que trabalha a vinte e cinco anos no comércio popular, a sombrinha que fica mais cara com o fabricante acaba custando mais também ao consumidor para evitar prejuízos. “A sombrinha fica mais cara para nós… e aí tem pacote que é R$130, tem pacote que é R$120… a mais em conta é R$60”, explica.

O comerciante Alan de Lima, ressalta o impacto da chuva na suas vendas. “Fica mais caro neste período de chuva, porque eles estão vendo chuva e eles [fabricantes] aumentam o preço da mercadoria e conforme o preço da loja, a gente tem que aumentar aqui também”, conclui. Para além dos preços, o vendedor lembra que toda a cadeia de produtos ofertados é diretamente influenciada pelo clima. Segundo ele, no período que se encerra a temporada do inverno amazônico, acontece a troca das mercadorias de acordo com a demanda dos clientes. “Eu troco de mercadoria e já pulo para o acessório”, afirma.

De olho no clima

“O período de chuvas deve permanecer até o mês de maio e diminui a partir de junho e julho, considerados os meses de transição entre o período chuvoso e menos chuvoso”. A afirmação é do meteorologista José Raimundo Souza, que também explica que as chuvas nesse período são consequências de faixas de nuvens que migram por influência dos oceanos. O fenômeno é conhecido como zonas de convergência e segundo o especialista, no decorrer do ano pelo menos quatro desses fenômenos influenciam nas chuvas, com início desde dezembro.

O meteorologista Sidney Abreu afirma que “a zona de convergência intertropical ocasiona chuvas do tipo de fraca a moderada por um longo período do dia”. O especialista aponta que no período de dezembro a abril, duração da temporada de chuvas, o mês de Março registra o maior contingente de chuva, seguido pelo mês de Abril. De acordo com o meteorologista, “o valor da normal climatológica de março é 506.3”, enquanto que para abril é de “465.5”.

Sidney ainda pontua como fator de influência para as chuvas, a baixa altitude da cidade de Belém em relação ao nível do mar. “Belém é uma cidade que está praticamente a nível do mar, circundada de rios onde ela sofre efeito de marés todos os dias, então dependendo da hora que essa chuva, ela possa cair ou cair até mesmo com uma intensidade maior, ela pode agravar ou causar diversos desgastes dentro da cidade devido a essa questão”, afirma.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA