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Inflação anual é a maior desde novembro de 2003

IPCA-15 observou altas em todas as cidades pesquisadas 

O Liberal

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,59% em maio, após ter registrado taxa de 1,73% em abril, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de ter desacelerado relação a abril, trata-se do maior maior índice para meses de maio desde 2016 segundo estudo divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (24). No Pará, o grupo que mais pesou no índice inflacionário foi o de saúde e cuidados pessoais, com alta de 3,24%. Em seguida aparecem alimentação e bebidas (2%), vestuário (1,74%) e transportes (1,11%). 

Com o resultado, nos últimos 12 meses o IPCA-15 passou a acumular alta de 12,20%, contra o 12,03% registrados nos 12 meses anteriores. No ano, os preços ao consumidor brasileiro subiram em média 4,93% até o momento. São nove meses seguidos com a inflação anual acima dos dois dígitos. A taxa de 12,20% em 12 meses é a maior inflação anual no país desde novembro de 2003, quando ficou em 12,69%.

A economista Izabel Ferreira acha que enquanto a guerra na Ucrânia continuar, o brasileiro não deve esperar desaceleração dos preços. "É um problema mundial que só se agrava. Acho que só vamos virar a página da inflação descontrolado aqui e em outros países quando a poeira abaixar", avalia.

Para o pedagogo Nilson Machado, os dados revelam o que é possível ver todos os dias nos supermercados. "Os preços aumentam no ritmo muito mais veloz do que o aumento da renda do brasileiro. Você vê até matérias comparando o que se comprava com R$100 dez anos atrás para o que consegue comprar hoje. É muito triste", conta. Para a dona de casa Lúcia dos Anjos, está difícil economizar. "A gente pesquisa, né? Tenta comprar o básico no mercadinho. Mas não dá para fazer milagre", diz. 

No Brasil, todos os grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram aumento nos preços, exceto habitação (-3,85%), influenciado pela queda de 14,09% na energia elétrica. No Pará, porém, o setor de habitação apresentou deflação de -4,81%. Especialistas atribuem o ocorrido a bandeira verde, tarifa mais barata do consumo de energia elétrica no Brasil que acabou com o acréscimo de R$14,20 a cada 100 megawatts consumidos por conta da escassez hídrica que o país enfrentou em 2021. 

Em todo o país, as maiores pressões da inflação de maio vieram da alta dos custos dos transportes (1,80%), que desaceleraram em relação a abril (3,43%), assim como aconteceu com alimentação e bebidas (1,52%). Entre as 15 cidades pesquisadas, a maior variação ocorreu em Fortaleza (1,29%). Já a menor foi verificada em Curitiba (0,12%).

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Economia
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