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Inadimplência tira o sono e afeta saúde da população

Nome sujo e riscos à saúde se somam no purgatório brasileiro de dívidas

Thiago Vilarins
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Além de ficar com nome sujo, quem faz dívida coloca em risco a sua própria saúde. Falta de sono, de apetite, de autoestima e vergonha são alguns dos problemas que os devedores enfrentam, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva e da plataforma digital especializada em recuperação de crédito, Negocia Fácil, que ainda será divulgada neste mês.

Em todo o País, o estudo identificou que 54,8 milhões de inadimplentes (87,5%) têm o sono prejudicado por causa de dívidas; 54,1 milhões (86,4%), a autoestima afetada; 53,5 milhões (85,4%), o rendimento profissional; e 45,3 milhões (72,4%) sofrem uma queda no apetite. Além desses efeitos, 45,9 milhões (72,3%) não atendem ligações de cobradores e 44,7 milhões (71,4%) sentem vergonha e medo de que alguém descubra que estão "negativados".

Em Belém, o alerta serve para mais da metade da população de Belém (50,1%). Em números, são mais de 800 mil consumidores com o nome sujo ou com dívidas em atraso (200.539 famílias), segundo a última Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), referente a abril, divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para 200 mil pessoas (54.827 famílias) deste grupo no vermelho, a situação é ainda mais desesperadora, uma vez que reconhecem não ter nenhuma condição de pagar os seus débitos a curto prazo.

Prioridades

De acordo com o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, estar a par do orçamento é essencial para uma vida financeira livre dos riscos da inadimplência. "O baixo conhecimento das contas, das parcelas a pagar e dos produtos e serviços adquiridos por meio do crédito indica que o consumidor perdeu o controle da situação. Nesse cenário, é extremamente difícil sair da inadimplência, pois a pessoa se torna incapaz de negociar melhor as dívidas e até mesmo de identificar as áreas em que é preciso realizar ajustes e cortes de gastos", afirma Vignoli. "Seja qual for o motivo que levou o consumidor a tornar-se inadimplente, uma coisa é certa: deixar de acompanhar atentamente as próprias finanças e contas só piora as coisas, pois só assim é possível viver dentro do padrão de vida adequado à sua realidade", completa o educador financeiro.

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Economia
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