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IBGE: Rendimento mensal domiciliar do paraense caiu de R$ 928 para R$ 828 em um ano

A pesquisa também mostra a desigualdade de renda no Pará em 2021

O Liberal
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O rendimento médio mensal domiciliar por pessoa caiu de R$ 928 em 2020 para R$ 828 em 2021, no Pará. Em todo o Brasil, queda foi a maior dos últimos 10 anos, considerando a série histórica, iniciada em 2012, saindo de um rendimento per capita de 1.454, em 2020, para 1.353, no ano passado.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Rendimento de todas as fontes 2021, divulgada nesta sexta-feira (10), pelo IBGE.

Segundo o levantamento, Norte e Nordeste foram as regiões que apresentaram os menores valores (R$ 871 e R$ 843, respectivamente) e também as maiores perdas entre 2020 e 2021 (de 9,8% e 12,5%, nessa ordem). Já as regiões Sul e Sudeste se mantiveram com os maiores rendimentos (R$ 1.656 e R$ 1.645, respectivamente).

Alessandra Scalioni, analista da pesquisa, aponta a mudança nos critérios de concessão do auxílio-emergencial ocorridas em 2021 como uma das principais causas da queda no rendimento de outras fontes.  “Esse resultado é explicado pela queda do rendimento médio do trabalho, que retraiu mesmo com o nível de ocupação começando a se recuperar, e também pela diminuição da renda das outras fontes, exceto as do aluguel”, explica.

A pesquisa aponta queda generalizada nas diversas fontes que compõem a renda do brasileiro, entre 2020 e 2021, com destaque para o Auxílio Emergencial, diante do contexto pandêmico. Quando começou a ser pago, o benefício tinha patamar básico de R$ 600 e chegava a R$ 1.200 para mães que chefiam sozinhas suas famílias. Já em 2021, ele passou a ser de R$ 150 para solteiros, R$ 250 para casais e R$ 375 para mães que sustentam individualmente suas famílias.

“Esse auxílio foi meio que um colchão para a queda da renda do trabalho durante a pandemia. Foi esse colchão que segurou o impacto em 2021, mas ao começar a ser retirado em 2021 provocou essa queda generalizada da renda no país”, avaliou Alessandra Scalioni.

Ainda de acordo com o levantamento, considerados apenas os brasileiros que possuem rendimento, o rendimento mensal médio real de todas as fontes no país passou de R$ 2.386, em 2020, para R$ 2.265, em 2021 – valor mais baixo desde 2012, quando tem início a série histórica da pesquisa e era estimado em R$ 2.369 (já descontada a inflação do período). 

Desigualdade cresce no Pará

Entre 2020 e 2021, a desigualdade aumentou em todas as regiões, sobretudo no Norte e no Nordeste. “São regiões onde o recebimento do auxílio-emergencial atingiu maior proporção de domicílios durante a pandemia de COVID-19 e que, por isso, podem ter sido mais afetadas com as mudanças no programa ocorridas em 2021”, diz Alessandra Scalioni.

No caso do Pará, após queda da desigualdade de 2019 (0,528) para 2020 (0,480), em 2021, o índice de Gini do rendimento médio mensal domiciliar por pessoa (índice que mede a desigualdade de renda que vai de 0 a 1, quanto mais próximo de 1 mais desigualdade), aumentou em 2021, para o patamar de (0,529).

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