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Ministro da Fazenda, Haddad sinaliza mudança em período de metas de inflação

Ele defende que uma meta de 3%, como é o caso de 2024 e 2025, precisa ser contínua, e não limitada a um ano-calendário

O Liberal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adiantou que, na reunião de junho do Conselho Monetário Nacional (CMN), é possível que haja uma mudança quanto ao período de meta de inflação. Ele voltou a defender, nesta quinta-feira (18), que o Banco Central (BC) passe a perseguir uma meta de inflação desvinculada do ano-calendário.

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"Há aperfeiçoamento para ser feito e talvez a oportunidade seja agora", disse Haddad, durante entrevista ao programa "Caminhos com Abilio Diniz", da CNN.

Questionado sobre a possibilidade de mudanças nas metas de inflação, definidas pelo CMN, o ministro afirmou que o Brasil é um dos dois países do mundo que adotam o regime de metas de inflação e que têm como horizonte para cumprimento do objetivo o ano-calendário. O outro é a Turquia.

"A Europa tem uma meta de 2%. Até um mês atrás, eles estavam comemorando a queda da inflação de 9% para 8,5%", pontuou Haddad. Segundo ele, uma meta de 3%, como é o caso das estabelecidas pelo CMN para os anos de 2024 e 2025, precisa ser contínua, e não limitada a um ano-calendário.

Defesa

O ministro já havia defendido, no início do mês, a mudança de calendário para o regime de metas de inflação, argumentando que manter um objetivo contínuo evita desorganizar a economia em momentos em que o cumprimento da meta impõe custos muito altos para a atividade.

Na reunião de junho, o CMN vai definir a meta inflacionária de 2026. A expectativa é de que o colegiado também possa aprovar a alteração do prazo para atingimento da meta. A possibilidade não é vista de forma negativa pelo mercado financeiro.

O CMN é formado por Haddad, pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

Economia