Guardas portuários do Pará voltam a fechar Porto de Vila do Conde por tempo indeterminado

Interdição de outros terminais do Pará, como o de Miramar, em Belém, também não está descartada

O Liberal
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Os guardas portuários do Pará realizam nova manifestação, na manhã desta segunda-feira, contra a Companhia Docas do Pará (CDP). Eles fecharam o Porto de Vila do Conde, em Barcarena, e não descartam a interdição de outros terminais, como o de Miramar, que abastece o Pará e Amapá com combustíveis.

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De acordo com o presidente do Sindicato dos Guardas Portuários do Pará e Amapá (Sindiguapor), Rodrigo Rabelo, após a última greve, realizada nos dias 13 e 14 deste mês, foi concedido um prazo de cinco dias úteis para a CDP se posicionar sobre a assinatura do Acordo coletivo. "Até hoje ela não se pronunciou, então, resolvemos fazer greve mesmo e desta vez sem data até eles se pronunciarem", disse Rodrigo. 

Ao todo, o Sindicato abrange 160 guardas portuários que trabalham nos portos da CDP. “Por enquanto, hoje, vai ser só Vila do Conde. Nos outros portos a comissão de greve vai decidir. Porque no caso seria desmobilizar aqui e mobilizar o outro. Aqui, por enquanto não tem data para desmobilizar o bloqueio”, diz o presidente do Sindiguapor.  

Segundo Rodrigo, a CDP enviou uma proposta de acordo coletivo, mas argumentou que precisava do aval de Brasília e, desde então não deu mais retorno.  “Se eles conseguissem essa ciência de Brasília, era só terminar a greve, que a gente assinava o acordo”.

Também nesta segunda-feira, a Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis do Estado do Pará, elevou o nível de proteção do Porto de Vila do Conte, Miramar e Santarém. A medida autoriza o ingresso da Polícia Militar na área das instalações portuárias em caso de “distúrbio, invasão e grave perturbação da ordem na área portuária e interior do navio”. O Sindicato acredita que isso gerar risco de possibilidade de conflito. “Até então, o movimento não está confortável com essa situação de chegar a PM e a gente desmobilizar. A situação é tão crítica com relação a remuneração que o pessoal está decidido ir até o final com essa situação. Se a companhia não se pronunciar, se ela tomar essa medida, eu não me responsabilizo pelas consequências”, disse Rabelo.  

Procurada, a Companhia Docas do Pará A CDP informou que promoveu as tratativas do acordo coletivo e que aguarda a manifestação ministerial conforme estabelecido na legislação. "Os manifestantes descumpriram uma medida judicial, e colocam em risco toda a cadeia de abastecimento de bens essenciais à população. A celebração do ACT nos termos propostos pelos manifestantes está a revelia do disposto na portaria ministerial da governança. A CDP vem tomando todas as providências necessárias na esfera administrativa para solucionar a questão', diz a CDP.

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