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Preço das frutas sobe em Belém; veja o que ficou mais caro

Na feira, caixa da banana já chega a R$ 60

Maycon Marte | Especial para O Liberal
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A maioria das frutas consumidas pelos belenenses estão mais caras. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE/PA), divulgados na segunda-feira (26), entre as frutas mais vendidas na capital, como o abacaxi, o aumento chega a pouco mais de 70%, no comparativo dos últimos 12 meses.

Após o aumento no preço das frutas, feirantes investem em alternativas mais baratas para não perder o lucro. “Antigamente a gente comprava a caixa [da banana] em torno de R$ 30, agora, praticamente dobrou o preço, cheguei a pagar a caixa de banana até R$ 60”, relata o feirante do Ver-o-peso, Anderson Barbosa. A percepção do comerciante sobre o produto foi constatada pelo 2º Boletim de 2024 do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com a pesquisa, devido a entressafra, a banana teve um aumento de 13,84% em relação às demais frutas somente neste início de ano. 

Para contornar o problema, o dono do estabelecimento conta que “tenta compensar com outras frutas”, para manter o fluxo de vendas e não prejudicar o seu orçamento, entretanto, precisou reduzir a quantidade do estoque para evitar um prejuízo ainda maior. Segundo ele, devido à variação dos preços, passou a limitar a quantia diária das frutas que estão mais caras. “Geralmente aqui a gente compra 30 caixas de banana todo dia para vender, agora a gente compra só compra 15 por dia”, explica.

Frutas da região

As frutas da região como manga, bacuri e cupuaçu demonstraram as principais reduções na visão do feirante. “A gente vende a polpa do cupuaçu aqui a R$ 20, agora baixou e nós estamos vendendo de R$ 12, de R$ 15”, esclarece Anderson. Fatores como a facilidade de não precisar gastar com deslocamento das frutas trazidas de fora, podem influenciar no comportamento do preço nos produtos locais.

De acordo com o feirante Roberto Santos, que trabalha apenas com as frutas da região, mesmo estando abaixo da média do aumento percebido, as frutas típicas também demonstram elevação nos preços em comparação com o ano passado. “O cupuaçu está mais caro esse ano, eu estou comprando um quilo in natura a R$ 4, antigamente estava R$ 1”, afirma o vendedor. O feirante acredita que os processos de retirada da polpa encarecem o produto em relação ao vendido in natura.

Segundo o levantamento do DIEESE/PA, no período de um ano analisado, outras frutas apresentaram quedas de preço significativas. O estudo destaca o abacate com um recuo de 20,29%, seguido do mamão com queda de 3,28%.  Ainda aponta redução no valor da acerola e do limão com 3,04% e 1,16%, respectivamente.

Consumidores

A empreendedora Nathália Amaral sentiu o aumento nos preços nas frutas que mais consome, como banana e mamão. Apesar dos preços, a consumidora não abre mão de continuar comprando, por isso reduziu a quantidade para conseguir continuar levando as frutas para casa. “Eu ainda consumo bastante, mas dei uma reduzida na quantidade de compras durante a semana”, explica.

O gerente de compras de uma das redes de distribuição de hortifrutigranjeiros da Região Norte, Murilo Silva, relata que o clima ainda tem grande influência na variação dos preços. “A gente teve um aumento muito grande do abacaxi que até um ou dois anos atrás você comprava de R$ 3, no máximo, e agora, devido a seca que teve, o abacaxi já tá custando até R$ 7”, aponta o gerente. Segundo ele, devido a demanda constante, é difícil não aplicar o reajuste no produto final. “As pessoas não param de consumir, então a gente acaba adaptando o preço de compra ao preço de venda”, ressalta Murilo.

Média de preços (kg)

Tangerina - R$ 11,73 (+15,68%)
Abacate - R$ 7,66 (-20,29%)
Maracujá - R$ 12,45 (+27,56%)
Abacaxi - R$ 6,98 (+72,35%)
Goiaba Vermelha - R$ 8,82 (+7,69%)
Laranja Pera - R$ 6,22 (+13,09%)
Banana Prata - R$ 7,22 (+9,56%)

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