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Fluência em outros idiomas passou a ser necessidade no ambiente corporativo

Pandemia acelerou o processo de contratação por meio de vagas remotas, o que permite que o profissional trabalhe para empresas de outros países

Elisa Vaz

A ampliação do mercado de trabalho é uma das consequências da contemporaneidade, que facilita a conexão com pessoas e culturas de outros países, diminuindo fronteiras de relação, inclusive dentro do ambiente corporativo. Com isso, novas portas são abertas para a contratação de profissionais, e a relação entre a fluência em outros idiomas e a empregabilidade se conecta. Segundo o doutor em relações internacionais Mário Tito Almeida, que atua na área de empregabilidade no curso ministrado na Universidade da Amazônia (Unama), o mercado se torna mais exigente com a fluência porque vai precisar de ferramentas de comunicação básica – neste caso, o idioma passa a ser importante.

“Essas empresas precisam aproveitar as vantagens competitivas na medida em que um profissional não só comunica, mas também negocia, fecha negócios e mantém essa essa relação por meio do idioma. Sabe-se que não basta vender, é preciso manter esse patamar de vendas e até fidelizar o cliente. Isso se dá também pelo idioma, que vai ampliar o conhecimento da cultura de onde se está negociando. Então eu digo que as empresas acabam exigindo porque isso é fator de competitividade no mercado internacional”, avalia.

Por conta desse fator, a fluência em outros idiomas passou de um diferencial para uma necessidade dos anos 1990 para cá, e muitos países investem nessa qualificação. Esse comportamento, segundo Mário, vem se intensificando nos últimos anos, com a globalização e o avanço tecnológico, que permitiram essa troca. Ele ressalta que existem registros de chineses, italianos, ingleses, australianos e pessoas de outros países que têm estudado o português para aumentar a competitividade com empresas brasileiras e com o Brasil como um todo.

Segundo um estudo realizado pela Catho, apenas 3% da população brasileira é proficiente em inglês, sendo que mais de 50% das vagas exigem domínio na língua. Além disso, ter fluência neste idioma pode aumentar o salário do profissional em até 60%. “Os brasileiros precisam ter em vista exatamente esse fator de aumento da globalização e de avanço tecnológico. Exatamente aí se mostra o pouco investimento em capital humano do brasileiro, que não significa apenas a formação em geral, mas adotar uma educação que seja ampla, capaz de poder acessar esse mercado por meio de qualificações específicas do mundo que nós vivemos. O domínio da língua não se dá apenas por um estudo básico. Estamos falando de uma proficiência, a capacidade de interpretar o escrito, de comunicar não só palavras, mas conceitos e atitudes, e de interpretar códigos linguísticos daquele país com quem você está conversando”, ressalta.

No Brasil, o especialista em relações internacionais diz que há uma necessidade urgente de que os jovens, especialmente os do ensino médio, já comecem efetivamente a ver as línguas estrangeiras não apenas como uma obrigação de escola, mas como um investimento muito importante para o meio internacional. No próprio curso de RI esta se torna uma ferramenta “supernecessária” e “”imprescindível”, e existe uma necessidade do próprio mercado de trabalho de se abrir para isso.

Pandemia

Há pouco mais de dois anos o mundo vem reagindo às transformações provocadas pela pandemia da covid-19, e ter domínio de outras línguas passou a ser necessário para as vagas de home office, por exemplo, uma tendência que surgiu com o isolamento social e parece ter chegado para ficar. Nessa modalidade, um profissional que mora no Brasil consegue se candidatar e assumir uma vaga aberta em uma empresa de outro país, mas para isso precisará falar o idioma exigido.

Mário Tito diz que vive-se um momento em que o avanço tecnológico determina um pouco as relações de trabalho. No caso das vagas de home office, é possível ter contatos automáticos e imediatos com pessoas de outros países. “Portanto, empresas estão procurando pessoas que tenham fluência nos idiomas no sentido de ter a possibilidade de mostrar as vantagens de uma determinada empresa, negócio ou produto. Então, as oportunidades ampliam-se, mas elas são efetivamente voltadas para aqueles que estão investindo nessa expertise”, declara.

Saiba quais são os idiomas mais procurados no mercado de trabalho

1. Inglês

2. Espanhol

3. Mandarim

4. Alemão

5. Árabe

6. Francês

7. Japonês

8. Português

Fonte: Una

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Economia
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