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Exportações do Pará batem US$ 4,5 bilhões no primeiro trimestre

Valor representa uma queda de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado

Elisa Vaz
fonte

A arrecadação do Pará com as exportações alcançou o valor de US$ 4,5 bilhões no primeiro trimestre deste ano, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

Embora a posição do Estado no ranking brasileiro de exportações seja a 7ª e a participação do Pará na balança do país seja de 6,17%, o resultado representa uma queda de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

Quanto às importações, o resultado ficou em US$ 585,7 milhões, gerando um saldo positivo de US$ 3,9 bilhões ao Estado.

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Segundo o economista Genardo de Oliveira, os fatores que podem ter contribuído para a queda nas exportações do Pará é baixa na taxa de câmbio, o que pode reduzir os preços das exportações e aumentar os das importações.

“A inflação e as taxas de juros também podem afetar as importações e exportações por meio de sua influência na taxa de câmbio. A crise econômica nos Estados Unidos provocou queda no consumo, o que pode ser um dos principais fatores para a queda nas exportações de produtos florestais do Pará”, exemplifica.

Alguns produtos que tendem a ser destaques na balança comercial do Pará apresentaram queda, como o minério de ferro (-12%), carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (-45%) e madeira (-46%). Na avaliação do economista, é possível que outros produtos ou setores estejam compensando as quedas mencionadas.

“O Pará tem um grande potencial de exportação de produtos, como é possível ver no histórico das exportações por ano. A relação com a China tem impulsionado a balança comercial do país, principalmente no que diz respeito às commodities”, afirma.

Por outro lado, na agropecuária, o resultado foi positivo: sementes oleaginosas de girassol, gergelim, canola, algodão e outras cresceram 1.170% em exportações no Pará, e atrás aparecem milho não moído (142%), animais vivos, não incluídos pescados e crustáceos (52,1%) e demais produtos da agropecuária (32,9%). Genardo de Oliveira detalha que o uso da tecnologia na agricultura tem impactado significativamente na produção e no setor do agronegócio.

“Também é importante considerar o impacto ambiental da agroindústria, principalmente em relação ao uso de agrotóxicos. O Brasil é um grande exportador de produtos agrícolas, incluindo cereais, leguminosas e oleaginosas. Os principais produtos de exportação incluem café, cacau, cana-de-açúcar, soja, algodão e frutas como banana e laranja. As commodities ainda são fortes e expressivas diante de todo o comportamento geopolítico atual e isso reflete diretamente nesta economia crescente para o setor, alavancado pelo agrobusiness”, opina.

O zootecnista e diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Guilherme Minssen, diz que alguns produtos do agronegócio paraense tiveram mesmo um “número espetacular” na exportação, e que isso se deve a uma diversificação do agronegócio paraense. “Nós estamos ingressando fortemente nesta década na agricultura, principalmente na produção de grãos e dominando maquinários, ou seja, mecanizando áreas que eram degradadas antigamente e ocupadas por pastos. E essas novas culturas nos dão um número de subida”.

O gergelim, a canola e o algodão, por exemplo, são produtos novos na balança de exportação do Pará, de acordo com Minssen, e os números devem continuar crescentes nos próximos meses e anos, porque a área de produção deve crescer. Já sobre a soja, o especialista afirma que os dados podem não ser reais, já que a colheita está sendo feita agora e tem havido muita chuva na região, o que impede que máquinas pesadas entrem nas lavouras. Apenas a partir de abril ou maio, segundo ele, essa cultura poderá ser analisada.

“E na agropecuária os números vão ser bastante significativos porque nós temos mais tecnologia e estamos abatendo os animais mais cedo. Hoje nós temos uma pecuária das mais modernas possíveis, estamos abatendo animais de 18 e 20 meses”, comenta.

Dados gerais da balança comercial

Exportação: US$ 4,5 bilhões

Variação: -6,6%

Participação: 6,17%

Posição no ranking: 7º

Importação: US$ 585,7 milhões

Variação: 7,1%

Participação: 1%

Posição no ranking: 17º

Saldo: US$ 3,9 bilhões

Exportação por setor

Indústria extrativa

  • Minério de ferro e seus concentrados: -12%
  • Minério de cobre e seus concentrados: 18,2%
  • Demais produtos da indústria extrativa: 21,2%

Indústria de transformação

  • Alumina: -0,52%
  • Ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas: 27,5%
  • Alumínio: 6,7%
  • Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada: -45%
  • Elementos químicos inorgânicos, óxidos e sais de halogênios: 8,76%
  • Madeira: -46%
  • Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos: 27%
  • Ouro: -34%
  • Filés ou outras carnes de peixes congelados, frescos ou refrigerados: 11,5%
  • Demais produtos da indústria de transformação: -8,58%

Agropecuária

  • Soja: -1,65%
  • Animais vivos, não incluídos pescados e crustáceos: 52,1%
  • Milho não moído: 142%
  • Sementes oleaginosas de girassol, gergelim, canola, algodão e outras: 1.170%
  • Especiarias: -54%
  • Demais produtos da agropecuária: 32,9%
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