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Exportação: Pará ficou em terceiro lugar por saldo e em sexto por valor exportado, de janeiro a março

Os dados são do Ministério da Economia e revelam as mudanças atuais do setor

Abilio Dantas
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As exportações do Pará no primeiro trimestre deste ano, de janeiro a março, resultaram no acúmulo de U$ 4.227.191.845 bilhões. O número colocou o estado em sexto lugar no ranking nacional em valor exportado. Já em saldo, o patamar atingido foi de US$ 4.227.191.845 bilhões, o que significou, ao fim do trimestre, variação negativa de -26,30% em comparação com o mesmo período do ano passado, descendo para a terceira colocação no ranking nacional por saldo. Assim, o Pará ficou atrás dos estados do Mato Grosso e Minas Gerais.

De acordo com o Ministério da Economia, na análise mensal, em janeiro o Pará exportou US$ 1.440.150.739 bilhões; em fevereiro fechou com US$ 1.357.757.276 bilhões; e em março, US$ 1.976.389.418 bilhões. Os dados do governo federal foram analisados e divulgados pelo entro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Pará (CIN/FIEPA).

O CIN/Fiepa aponta que um dos produtos que apresentou queda, em relação a 2021, foi o minério de ferro bruto. Com um volume de US$ 2.923.118.797 bilhões exportados nos últimos três meses, o ferro apresentou uma queda de -38,78%. Atualmente, os produtos minerais representam 87% de tudo o que é exportado pelo Estado. Do total de US$ 4.774.297.433 bilhões exportados apenas nos meses iniciais de 2022, US$ 4.148.674.049 bilhões são oriundos da mineração.

Para Cassandra Lobato, coordenadora do CIN/Fiepa, uma das razões para que o Estado do Pará tenha caído no ranking nacional por saldo foi o impacto sofrido pela mineração devido à baixa demanda do mercado chinês, principal comprador do minério de ferro exportado pelo Pará.

“O setor imobiliário da China está passando por um período de baixa demanda por imóveis, o que levou o país a reduzir seus investimentos em construção civil. Com isso, as empresas que compram nosso minério de ferro para a produção do aço usado no setor de construção civil passam a demandar menos, impactando diretamente no valor do produto e nos resultados da nossa balança, uma vez que a China é o principal comprador internacional de minérios aqui do nosso Estado”, explica Cassandra.

Embora o minério de ferro tenha tido baixa, outros produtos como o minério de estanho e o ferro fundido não ligado apresentaram resultados positivos, com altas de 457,41% e de 401,60%, respectivamente. Os países compradores com maior destaque foram China (ferro bruto), Malásia (estanho) e Estados Unidos (ferro fundido). “A baixa demanda da China pelo minério de ferro e a alta oferta do produto pelo mercado paraense provocaram uma queda no valor desse minério, especificamente, mas isso não atingiu os demais minérios exportados pelo Estado”, analisa a coordenadora do CIN/FIEPA.

A madeira, também no período de janeiro a março, teve presença relevante na balança comercial do Estado. Com alta de 98,44% e valor exportado de US$ US$ 108.555.378 milhões, tendo como principal destino os Estados Unidos. A soja, por sua vez, teve um volume de US$ 190.669.468 milhões e variação positiva de 213,56%.

Foram importantes também nas transações exportadoras do Pará: as carnes de bovinos, que fecharam o trimestre com exportações na faixa de US$ 166.368.764 milhões e crescimento de 73,76%, no comparativo com 2021; e a Castanha-do-Pará que exportou US$ 2.172.380 milhões e teve um aumento de 680%, tendo como principal comprador os Estados Unidos.

“É importante analisarmos o crescimento nas exportações de produtos considerados não-tradicionais, ou seja, aqueles que começaram a exportar e entraram na balança comercial paraense de 15 anos para cá, e isso mostra um esforço na diversificação dos produtos, o que é bem positivo, porque representa a entrada de novos produtos na nossa pauta e a geração de novos negócios”, avalia ainda Cassandra Lobato.

Parceiros comerciais

A Ásia, exceto o Oriente Médio, com destaque para a China, foi o bloco econômico que mais comprou do Estado. Com um total de US$ 3.071.179.248 bilhões, representa uma participação de 64,33% no volume total das exportações paraenses. Em seguida aparecem a União Europeia, que importou US$ 867.222.381 milhões; e a América do Norte, que comprou US$ 377.875.703 milhões, com alta de 60,78%.

Entre os municípios brasileiros, no consolidado do período, Parauapebas aparece como a terceira cidade do Brasil que mais exportou, com um valor total de US$ 1.633.264.608 bilhões, ficando atrás de Duque de Caxias, do Rio de Janeiro (US$ 5 bilhões) e Rio de Janeiro (US$ 4.077 bilhões), capital. Em quarto lugar está São Paulo (US$ 1.286.284.407 bilhões), e em quinto Canaã dos Carajás, com US$ 1.272.097.866 bilhões em exportação.

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