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Entenda quais são as consequências da Selic mais alta

Banco Central tem reajustado a taxa frequentemente para controlar a alta de preços no mercado. Saiba como.

Elisa Vaz

A taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, foi reajustada pela décima vez consecutiva nesta quarta-feira (4), para 12,75% ao ano. Essa mudança é feita pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, e o principal intuito é controlar a alta de preços no mercado.

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O que é a Selic e como funciona?

Para que o leitor entenda: todas as taxas de juros seguem a Selic. Se elas estão mais altas, fica mais difícil conseguir empréstimos e financiamentos, porque eles ficam caros, e com menos dinheiro na economia, o consumo diminui e os preços caem, na teoria.

Mas apenas de janeiro de 2021 a maio de 2022, a Selic subiu de 2% para 12,75% ao ano. E a tendência é de que essa alta continue e chegue a 13,25% no final de 2022, conforme as previsões do BC.

O que muda com a alta da Selic?

1. Queda da inflação: com a pandemia da covid-19 no país, os brasileiros têm sentido altas de preços de vários produtos, entre eles os combustíveis, energia e alimentos, e a tendência, com a Selic mais alta, é que haja um controle desses valores.

2. Queda do dólar: aumentar os juros atrai investidores estrangeiros para o país, que buscam rendimentos mais altos. Com o dinheiro de fora circulando na economia local, o real é valorizado. E claro que o dólar barato também impacta no preço dos produtos dentro do Brasil.

3. Redução do PIB, o Produto Interno Bruto do país, ou seja, tudo que é produzido pelo Brasil. Afinal, o crédito alto faz as empresas investirem menos, o que pode afetar também o emprego e a renda.

4. Aumento da dívida pública, que gera uma despesa adicional com juros. E esse é um indicador observado por investidores internacionais para aumento da confiança no país.

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