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Embaixada dos EUA seleciona Jovens Embaixadores para intercâmbio; 17 paraenses já participaram

Oportunidades são para estudantes de ensino médio da rede pública de ensino do Brasil. As inscrições estão abertas

Eduardo Laviano / O Liberal

O incentivo ao empreendedorismo social por meio de jovens inspirados a transformarem para melhor a sociedade na qual vivem é o combustível que trouxe o programa Jovens Embaixadores ao aniversário de 20 anos, com muitas histórias positivas e de sucesso para contar. A iniciativa da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos retoma as atividades presenciais em 2022, com o intercâmbio para os estudantes aprovados. O Jovens Embaixadores leva estudantes de ensino médio da rede pública de ensino do Brasil para uma experiência de aprendizado nos Estados Unidos e está com inscrições abertas até o dia 9 de fevereiro de 2022.

Serão selecionados 50 alunos de todo o Brasil. Para a edição de 2022, poderão se inscrever estudantes que estão atualmente engajados, por pelo menos seis meses, em iniciativas de empreendedorismo e impacto social e que buscam a solução de problemas nas comunidades em que vivem. Perfil de liderança, excelência acadêmica e conhecimento da língua inglesa também estão entre os requisitos.

Os selecionados serão anunciados em abril de 2022 e o intercâmbio está previsto para ocorrer em julho de 2022, de forma 100% presencial nos EUA, se a pandemia da Covid-19 e as condições na época permitirem. Caso isso não seja possível, os selecionados serão convidados para um intercâmbio virtual em formato interativo.

"É um programa que começou no Brasil e agora está no hemisfério inteiro, patrocinado pelo governo dos Estados Unidos para jovens entre 15 e 18 anos. É a oportunidade de não só viajar aos Estados Unidos mas também de participar como estudante de programas educacionais e de formação de liderança, entendendo outras culturas, ligando os Estados Unidos com jovens dos outros países", conta Todd Miyahira, Adido para Assuntos de Educação e Cultura da Embaixada.

Ao longo dessas duas décadas de trocas entre as nações, 690 jovens brasileiros já foram convocados pelo programa - e 17 deles são paraenses. Matheus Holanda é um deles e classifica a experiência como inesquecível. Ele se inscreveu no programa com ajuda de uma professora e recomenda veementemente que os outros jovens amazônicos não desperdicem a oportunidade.

"Foi uma oportunidade única porque não é muito comum ter esse tipo de programa de intercâmbio de ensino médio, ainda mais sendo de baixa renda num país como o nosso. Sabemos que intercâmbio geralmente é algo mais restrito para quem pode pagar. É uma forma de ampliar os conhecimentos sociais sobre outro país, as vezes temos visões enfeitadas ou superficiais sobre o resto do mundo. O programa abriu muito minha visão de mundo e me tirou da zona de conforto. Agradeço muito até hoje. É muito enriquecedor e qualquer jovem com essa inspiração de ajudar o próximo ou que tenha esse ímpeto de mexer com causas sociais importantes deve participar", aconselha ele.

Lívia Silva concorda. A estudante de Capanema participou do programa em 2019 e lembra que a conexão com líderes jovens de todo o Brasil foi muito inspirador e que os ensinamentos sobre voluntariado e empreendedorismo social não eram apenas teóricos, mas também práticos. O Jovens Embaixadores fez crescer em Lívia o desejo de multiplicar os aprendizados do intercâmbio e compartilhá-los com os conterrâneos. Ela criou o movimento Levanta Jovem, que incentiva jovens líderes do Pará a transformarem as comunidades do estado. 

"A experiência abriu minha mente para o potencial da juventude e as coisas que a gente pode fazer para transformar nosso país em um lugar melhor. Me impactou de forma profissional, no sentido de eu entender mais o que eu quero seguir como carreira. Mas também de forma pessoal, me ver como uma jovem líder e ajudar outros jovens a perceberem seu potencial e protagonismo no ambiente que estão inseridos", conta ela, que descobriu o programa pesquisando na internet. 

As ações apresentadas pelos inscritos podem ser grandes ou pequenas, que abordem temas como inclusão social, educação, cultura, crédito comunitário, mobilidade urbana, igualdade de gênero e raça, meio ambiente, necessidades especiais e  cooperativas em geral. 

O programa conta com a parceria do Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED), das Secretarias Estaduais de Educação, da rede de Centros Binacionais Brasil-Estados Unidos e da USBEA, rede de ex-bolsistas de programas de intercâmbio do governo dos Estados Unidos. Além disso, conta também com o apoio institucional das empresas FedEx, MSD e IBM. No Pará, as inscrições podem ser feitas pela internet, no site www.jovensembaixadores.org.br, e também por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e no Centro Cultural Brasil Estados Unidos (CCBEU).

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