Em Belém, 18 espécies de pescado estão mais baratas; veja quais são
Pesquisa do Dieese e Secon aponta que a capital paraense apresentou sexta queda mensal consecutiva nos preços do peixe comercializado em mercados municipais

Pesquisa elaborada pelo Departamento Intersindical de Pesquisa e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), em parceria com a Secretaria Municipal de Economia de Belém, aponta que 18 espécies de pescado ficaram mais baratas no último mês de setembro, na capital paraense. Essa é a sexta queda mensal consecutiva nos preços do peixe comercializado nos mercados municipais.
Os dados foram divulgados pela Prefeitura de Belém, nesta sexta-feira (19). Entre as espécies que ficaram mais baratas, se destaca a Aracu com baixa de 18,02%, seguida de Pirapema com queda de 13,08%, Camurim (-11,63%) e Pescada Amarela (8,70%).
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Os preços do pescado começaram a cair na capital paraense no mês de abril. Ainda de acordo com a pesquisa do Dieese, no acumulado do ano – janeiro a setembro – as quedas mais expressivas foram identificadas no Cação (-20,15%), Peixe-Serra (-3,98%), Dourada (-2,89%) e Xaréu (-1,57%).
“Já é a sexta queda mensal consecutiva nos preços do peixe comercializado em nossos mercados municipais. Desde abril até setembro deste ano o pescado tem mantido preços equilibrados, aproveitando o período favorável para a pesca”, declarou o titular da Secon, Apolônio Brasileiro.
O supervisor técnico do Dieese/PA, Everson Costa, explica que a região está passando por um período de maior oferta do pescado. “A gente está num período no qual as marés são favoráveis. Várias espécies saíram do período de defeso e, portanto, estão aptas a captura e, automaticamente, com uma oferta maior, respeitado o defeso, impacta nos preços”, observa.
Segundo ele, o custo do transporte do pescado também caiu. “Principalmente os combustíveis. A gente deu uma equilibrada com esses preços e, em relação ao ano passado, o Diesel está mais em conta”. declarou.
“É bom lembrar também que o Pará é um grande produtor de pescado. A gente exporta muito, mas a nossa exportação tem maior demanda principalmente na época da Semana Santa, então, isso é um fator que influencia bastante. A gente continuou fornecendo pescado, mas aquilo que está sendo colocado à disposição do mercado interno está em maior quantidade”, continuou.
Para o mês de outubro, Everson Costa diz que há possibilidade de mudanças nesse cenário, não só pelas marés, mas principalmente por influência das fortes variações climáticas. “Isso deve influenciar a captura do pescado. O que vai nos dizer se teremos ainda continuidade de queda ou não são os preços que estamos colocando. Mas até aqui a gente ainda vislumbrava um cenário de queda no preço do pescado, porque ele só volta a subir de preço entre novembro e dezembro e se estende com fortes altas até a Semana Santa”, explica.
Veja as espécies que ficaram mais baratas no mês de setembro
- Aracu (-18,02%)
- Pirapema (-13,08%)
- Camurim (-11,63%)
- C. Padre (-11,11%)
- Pescada Amarela (-8,70%)
- Cação (-8,36%)
- Xaréu (-8,22%)
- Dourada (-6,94%)
- Arraia (-6,26%)
- Bagre (-6,15%)
- Serra (-5,96%)
- Cangatá (-5,19%)
- Uritinga (-4,76%)
- Filhote (-4,41%)
- Corvina (-1,90%)
- Tamuatá (-1,49%)
- Gurijuba (-0,43%)
- Tainha (-0,15%)
Por outro lado, algumas espécies ficaram mais caras no mês de setembro. Veja quais:
- Tucunaré (21,09%)
- Pacu (18,37%)
- Mapará (11,26%)
- Pescada Branca (6,97%)
- Curimatá (6,73%)
- Tambaqui (4,56%)
- Sarda (4,25%)
- Piramutaba (3,94%)
- Surubim (3,28%)
- Pratiqueira (2,92%)
- Pescada Gó (2,03%)
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