Dia dos Pais deste ano deve vender até 15% a menos que 2019, antes da pandemia
Em relação a 2020, não há um número específico, mas as vendas devem ser maiores

A menos de duas semanas para a comemoração do Dia dos Pais, o setor empresarial de Belém ainda não espera uma recuperação de vendas até a data. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindilojas), Joy Colares, os empresários devem vender entre 10% e 15% a menos que em 2019 – o setor faz a comparação com anos em que ainda não havia a pandemia da covid-19. Em relação a 2020, não há um número específico, mas as vendas devem ser maiores.
“Temos uma expectativa de venda melhor que no ano passado, porque naquela época estávamos praticamente no ápice da pandemia. Neste ano, com o avanço da vacinação, as atividades econômicas aos poucos estão retomando, isso faz com que as pessoas autônomas voltem a ter renda. Em Belém e no Pará, esse grupo representa quase 60% da população economicamente ativa. A volta dessa renda vai fazer com que as vendas cresçam no Dia dos Pais. Já tivemos dias piores”, comenta.
De acordo com Colares, os empresários que mais devem se preparar são os do setor de confecções, além de calçados e acessórios, como carteiras e cintos. O ticket médio – ou seja, quanto, em média, cada pessoa gasta com a compra – deve ser de R$ 100 a R$ 120 este ano.
Em um dos shopping centers de Belém, a lojista Anne Porpino, proprietária de uma loja especializada em sapatos e acessórios masculinos, diz que a expectativa é de que as vendas deste ano sejam melhores que as do ano passado no mesmo período, em torno de 20%, tendo em vista que, no último trimestre, houve crescimento na loja. “O ticket médio em julho deste ano foi de cerca de R$ 310, acredito que, no Dia dos Pais, deva ficar em torno de R$ 290, porque a média geralmente cai em presentes”, adianta a empresária. Segundo ela, o que mais sai nesse período são os sapatos.
“Em 2020, de fevereiro a julho foram meses bem difíceis, com faturamentos baixos que não supriam a demanda financeira da loja. A partir de agosto, o mercado veio reagindo e o segundo semestre já foi bem melhor. E neste primeiro semestre de 2021 está sendo melhor ainda, estamos conseguindo bater todas as nossas metas. Acreditamos que daqui em diante o mercado irá aquecer cada vez mais”, pontua Anne.
A servidora pública Giselle Veiga, de 27 anos, vai levar o pai para comprar roupas perto da data. "Eu sempre presenteio, todo ano, desde que comecei a ganhar dinheiro. Dessa vez ele que pediu roupa, vamos escolher essa semana. Pesquisei as lojas mais acessíveis e que tenham boa qualidade. Pretendo gastar até R$ 150, só escolhi a loja, ele vai escolher uma ou mais roupas na hora, mas a ideia é ter esse limite. Também assinei um canal de esportes pra ele, como presente", conta.
Para o futuro, o presidente do Sindilojas, Joy Colares, espera que as vendas fiquem melhores a partir do último trimestre do ano – nos três meses, há a comemoração de duas datas importantes para o comércio local: Dia das Crianças e Natal.
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