Desenrola Brasil prorroga prazo de renegociação de dívidas até 20 de maio
Programa já renegociou mais de R$ 50 bilhões de dívidas

As ofertas para renegociação das dívidas por meio do Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes, conhecido como Desenrola Brasil, foram prorrogadas pelo governo federal até o dia 20 de maio. O período estipulado é referente às negociações via site da Faixa 1 do programa, que contempla pessoas com renda de até dois salários mínimos, ou inscritas no Cadastro Único, o CadÚnico, com dívidas de até R$20 mil. Essa é a segunda prorrogação do Desenrola.
O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, destacou que foram renegociados R$ 50 bilhões no âmbito do programa. “O Desenrola já beneficiou mais de 15 milhões de pessoas e gastou menos de R$ 2 bilhões”, disse o secretário em reunião-almoço da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), em Brasília.
Marcus Pinto ainda afirmou que para cada real investido no Desenrola, foi renegociado R$ 25 de dívida. “Esse é um programa muito importante não só para a população que estava ‘enrolada’, mas também para as empresas e para os bancos, que tiveram seus créditos recuperados”, ponderou.
Desenrola para pessoas jurídicas
O governo também lançou o Desenrola para pessoas jurídicas há cerca de duas semanas. Serão liberados, por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO), R$ 500 milhões em 2024. Os alvos são microempreendedores individuais (MEI), microempresas e empresas de pequeno porte com faturamento bruto anual de até R$ 4,8 milhões.
Na reunião, o secretário ainda defendeu a redução do spread bancário (diferença entre as taxas cobradas pelos bancos e as que eles pagam na captação de recursos) no Brasil, que é a diferença entre taxa de captação e de empréstimo. “O custo médio de empréstimo no Brasil hoje no sistema bancário é de 30% ao ano. Essa é a média de todos os empréstimos. A Selic soma 1/3, cerca de 10%”, explicou.
Em seguida, ele afirmou que esse é um dos maiores spreads do mundo e pontuou que o Brasil tem “total condição” de chegar na média mundial, de 5,8% ao ano.
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(Suellen Santos, estagiária, sob supervisão de Emilly Melo, repórter do Núcleo de Política)
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