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Demanda por restaurantes delivery aumenta em 80% em Belém

A opção de compra é recomendada por contribuir com o isolamento social

Abilio Dantas
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Em razão da pandemia do novo corona vírus, aumentou em cerca de 80% nas últimas semanas os pedidos de entrega de comida em Belém. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), baseada em pesquisa de formas de pagamento realizada pelo banco Itaú, o mercado delivery na capital paraense é reflexo do que vem ocorrendo em todo o país: o aumento da compra por alimentação por meio de aplicativos e telefone para evitar contato físico e aglomerações, como indica a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A opção de compra é recomendada por contribuir com o isolamento social, mas não por ter relação com o ambiente em que as comidas são preparadas, se em restaurantes que antes eram presenciais ou em negócios especializados em delivery, já que não existe evidência de que o novo vírus possa ser transmitido via alimentação.

“Experiências com surtos anteriores de outros coronavírus, como o coronavírus da síndrome respiratória aguda grave e coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio, mostram que a transmissão pelo consumo de alimentos não acontece. No momento, não há evidências que sugiram que o novo coronavírus seja diferente”, afirma uma entidade europeia especializada em pesquisa sanitária, a EFSA.

O comunicado da EFSA reforça ainda que, apesar de a infecção provavelmente ter começado a partir de animais na China, o vírus é transmitido de pessoa para pessoa, através do contato físico, gotículas de saliva, espirros e tosse.

Proprietário de um restaurante especializado em atender por delivery desde sua fundação, o chef e empreendedor Rafael Menezes afirma que o número de pedidos subiu assim que as medidas governamentais contra a pandemia foram anunciadas. No entanto, com o aumento da concorrência e as mudanças nas rotinas dos clientes, as vendas sofreram redução de cerca de 30%.

“Primeiro melhorou bastante, mas depois muitos restaurantes que antes só atendiam presencialmente precisaram entrar no mercado, o que fez a concorrência aumentar muito. No nosso caso, ocorreu também que nossos clientes que sempre compravam o almoço conosco, para comer em seus locais de trabalho, passaram a cozinhar em suas casas, já que começaram a trabalhar em home office”, relata.

O empresário conta ainda que a queda no movimento, no entanto, não causou desemprego em seu estabelecimento. Nenhum de seus 13 funcionários foi demitido em razão da crise. “Estamos fazendo de tudo para que todos permaneçam trabalhando. E estamos conseguindo manter o negócio, apesar da queda da demanda entre 25% e 30%. Também, pensando na saúde de todos, reforçamos os cuidados higiênicos e sanitários, mantendo o cuidado que tínhamos antes com a manipulação de alimentos”, enfatiza.

Antes da chegada do vírus, a militar Joceny Monteiro, de 58 anos, já era cliente assíduo das entregas de comida em casa. Com o novo contexto, o que era um hábito para jantares nos finais de semana, virou uma prática quase diária. “Agora peço ao menos uma vez ao dia. Mas algumas coisas mudaram, umas para melhor e outras para pior”, observa.

Entre os pontos negativos, Joceny afirma que o tempo de espera aumentou bastante e a taxa do serviço também passou de R$ 4, em média, para R$ 11. “Falo da minha experiência. Peço principalmente comidas de restaurantes japoneses, que fazem yakissoba, e pizzas. Mas uma coisa boa que temos agora são as promoções. Uma pizza que antes era R$ 50, agora você encontra a R$ 35 e ainda com refrigerante”, comemora.

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