Cultura coreana conquista público belenense e movimenta vendas em feiras e lojas da capital

A febre do K-pop e dos doramas trouxe oportunidade de negócio para empreendedores, que lucram e trazem felicidade para os fãs

Paula Almeida e Jamille Marques / Especial para O Liberal
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O universo dos doramas e do K-pop ultrapassou as barreiras do streaming e dos videoclipes, tornando-se um fenômeno mundial e movimentando o mercado. Em Belém, a cultura sul-coreana tornou-se um nicho promissor para quem deseja empreender com criatividade e paixão. Produtos como chaveiros, cadernos personalizados, pôsteres e os populares photocards já têm lugar garantido em feiras, eventos temáticos e nas barracas montadas aos domingos na Praça da República, um dos pontos mais tradicionais da capital paraense.

Entre as empreendedoras que vêm lucrando com esse segmento está Yuli Ferreira, de 18 anos. Autônoma, ela começou a vender artigos de K-pop há cerca de um ano, depois de perceber o sucesso que o nicho fazia entre conhecidos. “Tenho duas amigas que começaram a vender e vi que elas vendiam bastante. Então, comecei a incluir na minha loja chaveiros, pôsteres e photocards”, conta.

image Yuli também vende outros artigos além dos voltados para fãs da Coreia do Sul (Carmem Helena / O Liberal)

Yuli já atua como vendedora há três anos, mas foi com os produtos voltados à cultura coreana que notou um verdadeiro salto nas vendas. Segundo ela, a movimentação é constante e atinge públicos diversos. “É muito lucrativo. As pessoas consomem bastante e são de várias idades, desde crianças até idosos”, afirma.

image (Carmem Helena / O Liberal)

Além da Praça da República, a jovem também participa de eventos específicos, como o BTS Day e o Army Experience, que são encontros voltados especialmente para os fãs de um dos grupos mais famosos do gênero, o BTS. “Nesses eventos, vende muito mais, porque é voltado só para o K-pop, só para o BTS. Lá tem muito mais procura”, detalha.

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Beatriz Cardoso é universitária e fã da cultura sul-coreana há anos. Ela relata que costuma comprar os artigos, especialmente de atores de doramas e grupos de K-pop. “Conheci o K-pop ainda no ensino médio, então sou fã há bastante tempo. Eu costumo ir a eventos e feirinhas asiáticas. Nesses lugares, costumo comprar photocards dos meus atores e cantores favoritos. Sempre que vou, compro coisas novas”, relata.

Quem também encontrou no amor por esse universo uma oportunidade de negócio foi Mariana Biasi, de 31 anos. Fã desde 2012, ela viu na demissão do antigo emprego uma chance de transformar sua paixão em fonte de renda. “Peguei meu dinheirinho e investi na lojinha. Falei: vou fazer uma coisa de fã para fã. Comecei com chaveiros e depois fui aprendendo a fazer cadernos, papelaria”, lembra.

image Produtos dos grupos de k-pop Stray Kids e BTS (Carmem Helena / O Liberal)

Mariana atua na área desde 2021 e, assim como Yuli, também marca presença em eventos culturais espalhados por Belém. Sua barraca também é presença fixa nas manhãs de domingo na Praça da República, mas os produtos também são divulgados pelas redes sociais. “Tem o Instagram da lojinha e sempre levo tudo para os eventos de K-pop que têm na cidade, como em cafeterias, cinemas e teatros”, explica.

Para ela, o sucesso do negócio está diretamente ligado ao crescimento da visibilidade da cultura coreana no Brasil. “Não só o K-pop, mas os doramas, os atores... tudo isso tem ganhado espaço. A cultura coreana está em alta, e é muito legal ver esse reconhecimento.”

Mais do que uma fonte de renda, Mariana destaca que o mercado local também serve como ponto de encontro entre fãs, fortalecendo a comunidade para além do lucro. “A gente é bem unido. Não vejo ninguém como concorrente, todo mundo vira amigo. A gente troca dicas, se ajuda. Os eventos têm gincanas, brincadeiras, é um dia inteiro escutando K-pop. É uma experiência divertida e gratificante”, conclui.

 

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