Consultores de turismo em Belém afirmam que variante Ômicron não está afetando o setor

Portugal e Lisboa são os destinos internacionais mais procurados

Abílio Dantas / O Liberal
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Profissionais do setor de turismo, em Belém, afirmam que os Estados do Nordeste, São Paulo e o município de Gramado, no Rio Grande do Sul, são os destinos mais procurados por quem vai viajar para aproveitar o réveillon. E, em âmbito internacional, os primeiros lugares ficam com Portugal, em especial com a cidade de Lisboa, e Estados Unidos.

A descoberta da variante Ômicron, do coronavírus, não chegou a afetar a procura pelas passagens, afirmam dois representantes do setor na capital paraense. “Sempre que se ouve uma notícia dessas a reação imediata é de preocupação. Mas com o ritmo de vacinação do jeito que está não vejo que seja um empecilho para o viajante. Lógico que o que irá ditar isso será a atitude de cada país”, opina o consultor de turismo Fábio Yamada, diretor comercial de uma empresa do ramo.

O empresário relata que desde o início do relaxamento das regras, neste ano, as pessoas já começaram a procurar destinos no Brasil. Da mesma forma, com a abertura das fronteiras, a procura por pacotes internacionais também aumentou. “Com a descoberta da nova variante, não identificamos ainda que a procura tenha sido afetada. Internacionalmente, a maior procura ainda são os Estados Unidos, seguidos por Lisboa, em Portugal”, destaca.

Sobre os preços encontrados pelos clientes, o consultor afirma que não são os consultores e diretores comerciais das agências que são responsáveis por estipular os preços. “Já tem um tempo que os valores são definidos pelas companhias aéreas, hoteleiras e de cruzeiros. Não temos ingerência sobre eles quanto a descontos ou majoração”, conclui.

Consultora de viagens há mais de 30 anos, Selma Lopes também não acredita que a nova onda de contaminação por covid-19, confirmada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), irá atrapalhar o aquecimento do setor para o fim de anos. “As pessoas já fizeram as compras. E, no caso de Belém, é preciso destacar também que a procura dos turistas internacionais também aumentou bastante. E os principais fatores de atração são a nossa gastronomia, que explodiu no mundo todo como uma das mais procuradas e admiradas, e os passeios que envolvem nossos destinos naturais. Recentemente, inclusive, recebemos um grupo de turistas de Curitiba que ficou encantado com os passeios”, relata.

Custos e benefícios

Depois de pesquisar preços para fazer uma viagem de fim de ano para descansar com seus pais, a cirurgiã dentista e empresária Ellen Moura, de 33 anos, fez os cálculos e decidiu por São Luís, no Maranhão, como destino. Ellen faz parte do público que fez um planejamento financeiro para aproveitar a proximidade do réveillon e viajar, ainda que a pandemia não tenha sido extinta, e novos riscos da crise sanitária mundial tenham sido confirmados.

Para Ellen Moura, os preços das passagens de avião ficaram mais caros em comparação com períodos anteriores. Ela acredita que o motivo foi a diminuição do número de voos, que encareceu, consequentemente, os valores das passagens. “Os preços de hotelaria, ao contrário das passagens, eu acho que não está tão caro. Mas como vou viajar com a família, preferi alugar um flat, que é bastante organizado e o preço estava bastante bom, em comparação com o primeiro destino que pensamos, que foi Salinas, mas os valores estavam muito mais caros. São Luís é um lugar que gostamos bastante, é perto e tem muita coisa para fazer, a culinária é maravilhosa, e tem praias. Em relação ao dia do réveillon, fechamos um resort, em que está tudo incluído: jantar e show nacionais”, explica.

Sobre a variante Ômicron, Ellen Moura relata que pensou em cancelar a viagem, por, mas decidiu manter por já ter sido vacinada com as duas doses da vacina contra a covid-19, assim como seus pais. “Por a gente ficar em flat e não em hotel, decidimos seguir, não cancelar, mas seguindo todos os protocolos de segurança. Analisando toda a situação, concluímos que estamos bem seguros”, afirma.

Em nota, o Ministério do Turismo afirma que “acredita que independente da realização das festas de final de ano, os índices de procura por destinos de natureza e de praia seguirão elevados, em razão da demanda reprimida durante o auge da pandemia de covid-19, seguindo a tendência dos últimos feriados”.

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