Com bloqueios de rodovias, supermercados começam a detectar falta de hortifrútis no Pará

Associação paraense alerta que desabastecimento das prateleiras pode se agravar com prolongamento dos protestos

Daleth Oliveira
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A Associação Brasileira de Supermercados (Abras), anunciou nesta terça-feira (1°) que o setor começou a enfrentar dificuldades de abastecimento diante dos bloqueios de estradas do País promovidos por manifestantes bolsonaristas. No Pará, a entidade estadual avisa que as lojas devem sofrer apenas com atrasos de hortifrutis.

“Há um risco de termos um desabastecimento sim, principalmente de hortifruti que muita coisa é importada de outros estados. Então, é real o risco de termos uma falta imediata de alguma fruta, legumes ou hortaliça", informa Jorge Portugal, presidente da Associação Paraense dos Supermercados (Aspas).

Portugal diz que por enquanto a chance de agravamento de uma crise é baixa. Entretanto, a situação deve piorar em caso de prolongamento dos bloqueios das rodovias. “Se não houver uma mudança até esta quarta-feira (2), o desabastecimento pode se agravar em todo o País”, alerta.

O presidente da Abras, João Galassi, afirmou em comunicado que chegou a pedir ao presidente Bolsonaro apoio sobre "dificuldades de abastecimento que já começam a enfrentar os supermercadistas em função da paralisação dos caminhoneiros nas estradas do país".

Situação preocupante

Até o final da tarde desta terça-feira (1º), 23 pontos de bloqueios totais e parciais estavam sendo monitorados pela Polícia Rodoviária Federal em 19 municípios do Estado. O diretor presidente do Sindicato das Empresas de Logísticas e Transportes de Cargas do Pará (Sindicarpa), Antônio Sena, disse por meio de nota que o movimento é preocupante, podendo trazer transtornos à sociedade e por isso não apoia a manifestação.

“As empresas de transportes representadas pelo Sindicarpa, precisam seguir suas atividades normalmente, e ainda, estamos em um período de final de ano, em que as atividades se avolumam e se faz necessário o transporte normal e regular de cargas no país”, diz a nota.

Antônio justifica que o setor já vivenciou muitas dificuldades e incertezas em razão da pandemia que assolou o país e agora, qualquer tipo de paralisação que impeça o abastecimento do país e o desempenho de nossas atividades são incabíveis. “Por esse motivo, é que esperamos que as autoridades impeçam a continuidade do bloqueio nas estradas, com adoção de medidas que assegurem que o abastecimento e distribuição de cargas não sejam afetados, garantindo assim a livre circulação dos veículos”, finaliza.

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