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China mantém posição de maior mercado externo do Pará

País asiático respondeu por 50,6% das exportações paraenses, no ano de 2022

O Liberal

Ainda que a economia sinta os reflexos da pandemia da covid-19 no comércio internacional, a China se manteve como o principal parceiro comercial de 14 estados brasileiros, no ano de 2022. O país asiático representou metade das vendas externas em quatro unidades da Federação. O Pará é o segundo estado neste ranking com 50,6% das vendas para o mercado chinês, com destaque para a produção minerária e também produtos como a carne. O Tocantins lidera a lista com 54,1% das vendas. No ano de 2019, último ano antes da pandemia, o 1º lugar havia sido do Piauí: 66,1% do total. 

A exportação brasileira para a China em 2022 foi recorde: US$ 89 bilhões (mais de 458 bilhões de reais, na cotação atual). Mas a proporção de 26,8% do total foi a menor desde 2017. Desde outubro de 2022, as vendas do Brasil para a China crescem em relação ao mesmo mês do ano anterior. Antes disso, houve 5 meses de queda, entre abril e setembro de.2022. Em dezembro, o país asiático flexibilizou restrições contra a covid.

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Em uma década, de 2012 a 2021, cresceu 14,1 pontos percentuais a fatia das exportações para a China no total do Brasil, de 17,2% para 31,3%. Isso se deu apesar da redução no último ano da série. Em 2020 a proporção havia atingido 32,4%.

De acordo com economistas, o peso das compras chinesas dos Estados mostra o quanto o país é relevante para o Brasil, embora sua participação já tenha sido maior. Com o novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – que estará na China no fim do próximo mês de março - cresce a expectativa de retomada da economia.

Por outro lado, os analistas de mercado, consideram que os chineses também querem maior acesso ao mercado brasileiro. Pressionam por um acordo com o Mercosul. O Uruguai se dispõe a negociar separadamente. O Brasil quer chancelar antes o tratado com a União Europeia, que já está mais adiantado. O risco é as negociações com a China atropelarem o que já está acertado com os europeus. São negociações bastante delicadas, com risco de derrota nas duas frentes.

Economia