Cesta básica tem nova queda em Belém e alcança menor valor do ano, segundo Dieese
Entre janeiro e outubro de 2025, o custo da cesta básica comercializada em Belém acumula leve queda de 0,23%
Pelo quinto mês consecutivo, o custo da cesta básica de alimentos apresentou redução em Belém. De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado nesta segunda-feira (10), o valor médio em outubro foi de R$ 664,31, representando uma queda de 1,27% em relação a setembro, quando custava R$ 672,84.
Mesmo com a sequência de recuos, o Dieese destaca que os trabalhadores paraenses ainda comprometem quase metade do salário mínimo (R$ 1.518) para adquirir os 12 produtos que compõem a cesta. Em média, é necessário trabalhar 96 horas e 17 minutos — cerca de 47% da jornada mensal — apenas para garantir a alimentação básica.
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A pesquisa aponta que a maioria dos itens apresentou queda de preço no mês passado, com destaque para o arroz (-9,42%), açúcar (-8,91%), tomate (-7,36%), manteiga (-2,13%), leite (-1,64%) e café (-0,34%). Por outro lado, alguns produtos ficaram mais caros, como o óleo de soja (+6,88%), farinha de mandioca (+3,30%), feijão (+1,32%), pão (+0,66%), carne bovina (+0,50%) e banana (+0,49%).
Considerando o gasto de uma família de quatro pessoas — dois adultos e duas crianças —, o custo mensal com alimentação em Belém ficou estimado em R$ 1.992,93, o equivalente a 1,31 salário mínimo.
Acumulado do ano
Entre janeiro e outubro de 2025, o custo da cesta básica comercializada em Belém acumula leve queda de 0,23%. No período, sete dos 12 produtos registraram redução nos preços, com destaque para o arroz (-34,65%), açúcar (-27,99%), feijão (-11,97%), leite (-4,65%), óleo de soja (-3,22%) e manteiga (-2,36%). Entre os itens que encareceram estão o café (+39,68%), tomate (+9,53%) e pão (+6,02%).
Comparativo em 12 meses
No comparativo entre outubro de 2024 e outubro de 2025, o custo da cesta básica em Belém acumula alta de 2,22%. Seis produtos ficaram mais caros no período, entre eles o café (+52,42%), óleo de soja (+24,27%) e carne bovina (+10,14%). O arroz e o açúcar continuam entre os alimentos com maior queda, com reduções de 32,54% e 27,35%, respectivamente.
Belém entre as capitais com menores custos
O levantamento nacional do Dieese mostra que Belém tem uma das cestas mais baratas do país, ficando atrás apenas de cidades como Aracaju e Maceió. Em outubro, São Paulo registrou o maior custo (R$ 847,14), seguida de Florianópolis (R$ 824,57) e Porto Alegre (R$ 823,57).
Apesar da redução em Belém, o Dieese calcula que o salário mínimo necessário para cobrir despesas básicas de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.116,83, o que equivale a 4,69 vezes o piso atual.
O resultado reflete, segundo o órgão, o impacto de oscilações no preço de alimentos essenciais e o desafio de garantir o poder de compra do trabalhador em meio à desaceleração dos preços, mas com custo de vida ainda elevado nas capitais brasileiras.
Produtos com queda em outubro:
• Arroz: -9,42%
• Açúcar: -8,91%
• Tomate: -7,36%
• Manteiga: -2,13%
• Leite: -1,64%
• Café: -0,34%
Acumulado do ano (janeiro a outubro de 2025)
Itens com redução:
• Arroz: -34,65%
• Açúcar: -27,99%
• Feijão: -11,97%
• Leite: -4,65%
• Óleo de soja: -3,22%
• Manteiga: -2,36%
*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia
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