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Cesta básica ficou mais barata em Belém no mês de julho

Únicos itens pesquisados que ficaram mais caros foram a manteiga e o café

Elisa Vaz

Divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), uma pesquisa apontou melhora no comportamento do preço da alimentação básica em Belém. De acordo com o estudo, no mês de julho, a cesta ficou, em média, 1,06% mais barata em relação a junho, custando R$ 403,35. Mesmo assim, entre as 17 capitais analisadas, Belém ficou em 12º lugar no ranking de alimentação mais cara no país.

Entre os produtos pesquisados, a maioria apresentou queda, com destaque para o leite (-5,07%), seguido pelo tomate (-2,65%), açúcar (-2,30%), óleo de soja (-2,14%), feijão (-1,56%), arroz (-1,12%), banana (-0,82%) e a carne bovina (-0,34%). Por outro lado, a manteiga ficou 2% mais cara, e o café teve reajuste de 0,24%.

Já no acumulado deste ano, entre janeiro e julho, o cenário foi oposto, com alta de 5,5% na alimentação básica do belenense, percentual acima da inflação estimada para o período, de 2,5%. De acordo com o Dieese, nos sete primeiros meses do ano, a maioria dos produtos apresentou aumento de preço, a exemplo do feijão, que teve reajuste acumulado de 37,15%. Além deste item, tiveram alta o tomate (16,17%), açúcar (6,05%), carne bovina (5,99%), manteiga (4,43%), banana (2,54%) e óleo de soja (1,10%). No entanto, apresentaram quedas produtos como o leite (-9,45%), o café (-8,56%) e a farinha de mandioca (-4,19%).

O gerente de um dos grandes supermercados de Belém, Fábio Souza, confirmou as variações. Segundo ele, no local, os preços subiram consideravelmente ao longo do ano, especialmente o feijão, mas garante que agora os números estão melhores. "Em julho, tivemos queda no feijão, no óleo e no açúcar, que são os principais itens da cesta básica - isso sem contar com o arroz, porque seu preço não teve variação. Esperamos que em outubro os valores fiquem melhores para os clientes. Eles não param de comprar, mas trocam as marcas em casos de elevação. Não é positivo para ninguém", comentou.

De acordo com Souza, as expectativas da loja são positivas. Ele contou que, em outubro, novembro e dezembro, a demanda aumenta muito na compra de alimentação básica. "Com a chegada do Círio e do Natal, as pessoas gostam de ajudar e compram muito para fazer doações. Normalmente, nós vendemos cerca de 1.500 cestas básicas por mês em cada loja, mas nessa época o número fica entre 10 e 15 mil, é bem diferente", afirmou Souza. Conforme informou o gerente, o pacote menor da cesta custa R$ 39,49, e o maior, R$ 59,49.

Para a professora Lilie Lima, de 66 anos, os valores estão muito altos e não há controle. "Cada vez que venho ao supermercado é um preço diferente, e ainda não percebi queda. Faço compras uma vez ao mês, para duas pessoas, e mesmo assim está difícil", contou. Segundo ela, apesar dos altos preços, em sua casa a prioridade é a qualidade, então não deixa de comprar. Já a aposentada Telma Marinho, de 62 anos, precisa economizar na hora das compras. O tomate, por exemplo, já não leva mais para casa por conta do valor.

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Economia
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