Carne de frango está mais cara em Belém; preço supera o dobro da inflação, aponta Dieese

Mesmo com leves recuos, os valores acumulam alta significativa no primeiro semestre e nos últimos 12 meses

Paula Almeida / Especial para O Liberal

A carne de frango ficou mais cara em Belém, superando até mesmo o valor da inflação para os 12 últimos meses, calculada em torno de 5,30%. A afirmativa consta em um levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), divulgado nesta quinta-feira, 03. As pesquisas apontam que a alta acumulada ultrapassa 14% em algumas marcas, com reajustes que impactam diretamente o bolso dos consumidores. 

Frango resfriado: alta acumulada no ano chega a 14,3%

Entre as marcas analisadas, o frango resfriado Americano teve aumento de 10,78% no intervalo de junho de 2024 a junho de 2025. No ano passado, o quilo custava, em média, R$ 12,41, já no mesmo mês deste ano, chegou a ser comercializado por R$ 13,75. A maior alta, no entanto, foi registrada na marca Avispará, cujo quilo passou de R$ 11,89 para R$ 13,59 no mesmo intervalo, resultando em um reajuste de 14,33%.

Segundo o Dieese, apesar de pequenas reduções nos valores em junho, como a queda de 2% no preço do frango Americano e de 1,24% no Avispará em comparação a maio, os aumentos registrados nos primeiros seis meses de 2025 sustentam o encarecimento da carne branca.

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Frango congelado: reajuste ultrapassa 16%

O frango congelado também sofreu altas expressivas. A marca Americano foi a que mais encareceu: o quilo passou de R$ 9,72 em junho de 2024 para R$ 11,31 no mesmo mês deste ano, uma elevação de 14,36%. A alta no primeiro semestre de 2025 foi de 14,13%. Já o frango congelado Avispará apresentou um reajuste um pouco mais modesto, mas ainda acima da inflação: o preço médio foi de R$ 9,86 para R$ 11,02 em 12 meses, que corresponde a uma alta de 11,69%. Nos seis primeiros deste ano, o aumento do produto foi de 3,14%.

De acordo com o órgão que fez o levantamento, no final do primeiro semestre, os preços do frango no mercado interno brasileiro registraram queda, especialmente no caso do frango vivo e no atacado. Isso se deve, em parte, à algumas restrições de exportação e a um ajuste na oferta. No entanto, os aumentos de preços seguiram tanto no primeiro semestre como no comparativo com o ano passado.

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