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Caminhoneiros de Santarém se dividem sobre paralisação

Profissionais consideram o valor do frete baixo e o dos combustíveis alto

Ândria Almeida / O Liberal
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Os constantes aumentos no preço do combustível têm pressionado os profissionais dos volantes. Uma possível greve dos caminhoneiros está marcada para esta segunda-feira, 1º de novembro, em protesto aos reajustes de preços da Petrobras. No município de Santarém alguns motoristas de carreta falaram sobre o aumento e se posicionaram sobre a paralisação.

Para o motorista de carreta, Ronaldo Bueno, o preço do diesel está desproporcional ao frete. "O valor do frete está baixo e o do combustível, muito alto. Compensa mais o caminhão ficar em casa, parado, do que na rua. Tem uns dois ou três meses que a situação está pior”, constatou.

Já para o motorista Luís Antônio Pompeu, que trabalha com transporte de carga por todo o Brasil há 30 anos, a situação é de uma crise jamais vista. “Hoje, o transporte está muito difícil, óleo diesel muito caro, pedágio caro, valor do frete não sobe, não tem reajuste. De todo esse tempo que eu trabalho, acho que essa é a época mais difícil que estamos passando”, relatou.

Ele conta que a maneira de fazer o abastecimento mudou. “Só abasteço o que vou usar. Se for encher o tanque, o valor do frete fica todo aí dentro da carreta’’, lamentou.

“Tem uns boatos que vai sair essa greve, se sair eu apoio. A gente tem que fazer manifestação para ver se melhora”, conclui. 

Para Marcelo da Paz, que dirige carreta há 15 anos, apesar de achar o valor do combustível alto, a greve não é o caminho. "Se tiver a greve tem que parar porque eles não deixam passar, mas não adianta, quando têm a greve só faz piorar as coisas, só aumenta o preço do óleo”, afirmou.

Marcelo conta que há um ano vem sentindo no bolso o impacto do aumento do diesel “O preço do combustível está um absurdo, eu saia de Brasília e vinha para Santarém com o valor entre R$ 3,50 e R$ 4,00. Hoje eu gasto R$ 7 mil, isso de um ano para cá. Está difícil, mas tem que fazer, senão fizer outro faz, o jeito é empurrando com a barriga”, disse.

O motorista Ramon Bittencourt reclama do preço do combustível e se posiciona sobre a greve. “O valor está entre R$5,60 e R$5,80 nos postos, mas acho que não vale a pena fazer greve porque não adianta a gente parar e povo não ajudar. A última greve o povo não aderiu, o povo não ajuda. Teve posto que cobrou até R$10,00 o litro da gasolina e teve fila para abastecer o carro. O povo Brasileiro é muito desunido. Acho que não adianta fazer greve”, concluiu.

 

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