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BNDS e Empresa Brasileira de Inovação anunciam verba para projetos no Norte

Dos R$ 170 milhões anunciados nacionalmente, a meta é que até 15% devam ficar entre os nortistas

Abilio Dantas
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Projetos de inovação industrial propostos por empresas da região Norte podem vir a receber, ao todo, R$ 25,5 milhões, após parceria anunciada na tarde desta quarta-feira (16), em Belém, entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) e a Empresa Brasileira de Inovação Industrial (Embrapii). A cerimônia ocorreu no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), no bairro de Nazaré, e contou com a presença do diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES, Bruno Aranha, do chefe do Departamento de Meio Ambiente e Gestão do Fundo Amazônia do BNDES, Nabil Kadri, e do diretor de Operações da Embrapii, Carlos Eduardo Pereira, dentre outras autoridades das duas instituições.

Durante a apresentação, foi destacado tantos pelos representantes do BNDS quanto da Embrapii, que o objetivo da parceria é potencializar os negócios ligados às cadeias produtivas florestais da Amazônia. A proposta é utilizar projetos de inovação em setores estratégicos da economia para aliar desenvolvimento e sustentabilidade. As áreas escolhidas para a aplicação dos investimentos são transformação digital, defesa, novos materiais, bioeconomia florestal, biocombustíveis, economia circular e tecnologias estratégicas para o Sistema de Saúde.

O diretor do BNDS, Bruno Aranha, afirmou que a contradição da região Amazônica, de possuir o maior capital natural do mundo e também grande desigualdade social, fez com que a instituição financeira “voltasse seus olhos e todas as suas forças” para o Norte. “Por isso, são necessárias ações integradas de desenvolvimento, articulando educação, saúde, agropecuária sustentável, infraestrutura, bioeconomia e o nosso ordenamento territorial também é extremamente importante. Então, dentro desse conjunto, são muito relevantes as ações de pesquisa e desenvolvimento”, destacou.

Para concretizar os objetivos da parceria, será aberto um processo seletivo para que grupos de pesquisa atuem como Unidades Embrapii. O credenciamento garante recurso para que centros de pesquisa atuem com Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). Segundo Nabil Kadri, chefe do Departamento de Meio Ambiente e Gestão do Fundo Amazônia do BNDES, o banco tem a convicção de que a floresta amazônica é a principal alavanca para o desenvolvimento da região nos próximos anos.

“A gente tem que falar de biodiversidade, da riqueza da floresta em pé, e de que ela tem valor quando é explorada de forma sustentável, quando gera renda para a população que está na ponta, quando ela gera melhoria da qualidade de vida. E isso envolve não só o processo de inovação das empresas, mas também a resolução de problemas práticos, de logística, da qualidade da produção na ponta”, exemplifica.

O diretor de Operações da Embrapii, Carlos Eduardo Pereira, explica que o modelo da parceria, com aporte de recursos do BNDS e a administração da Empresa, é mais ágil que as formas mais utilizadas de financiamento atualmente. “O Pará possui centros de pesquisa qualificados, como o Parque Tecnológico da UFPA, o Biotec Amazônia, o que falta é fazer a ponte entre o conhecimento e os empresários. Na parceria, as empresas do Norte terão 50% dos projetos financiados pelo aporte financeiro. E não precisa ser uma empresa só, pode ser uma cadeia, como do açaí, por exemplo”, explica.

O aporte de recursos do BNDS, que não será reembolsável, provém do Fundo Tecnológico (Funtec), cujo objetivo é ampliar as oportunidades de fortalecimento das atividades de pesquisa em desenvolvimento e inovação do setor industrial.

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