Bancos fazem leilões de sete imóveis em cinco municípios do Pará; preço mínimo é R$ 60,5 mil

Um total de sete imóveis no Pará fazem parte de leilões organizados pelos bancos Caixa Econômica, Itaú e Santander. As instituições estão leiloando, juntas, 506 propriedades imobiliárias por todo o país, entre residenciais, comerciais e terrenos - no caso do Pará, as sete unidades são residenciais. Os leilões da Caixa e do Itaú serão realizados nesta sexta-feira (24), respectivamente, às 10h e às 11h; e o do Santander no dia 4 de dezembro, às 14h.

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O banco que tem o maior número de opções no Pará é a Caixa Econômica (acesse aqui), que oferece a possibilidade de fazer lances em casas e apartamentos em cinco municípios: Aurora do Pará, Belém, Castanhal, Marituba e Paragominas. O imóvel mais barato no leilão da instituição é o da primeira cidade, cujo valor atual está em R$ 70,6 mil - trata-se de uma casa com três quartos. Já o mais caro da instituição é em Belém, um apartamento com três quartos que já custa R$ 921,2 mil no leilão.

As outras opções são as seguintes: uma casa com dois quartos em Paragominas custa R$ 93 mil; um apartamento com dois quartos em Marituba está sendo leiloado a R$ 103,8 mil; e uma casa com dois quartos em Castanhal tem lances de até R$ 140,5 mil. A consulta pela reportagem foi feita na manhã desta quinta-feira (23), portanto, é possível que os valores estejam mais altos, a depender dos lances.

Já no Itaú (acesse aqui), que só tem uma oferta de imóvel em Belém, o valor inicial do leilão é de R$ 60,5 mil, para um apartamento no bairro Mangueirão. Os lances ainda não foram iniciados. E pelo Santander (acesse aqui), há a oferta de um apartamento no bairro Batista Campos, na capital, pelo valor de R$ 505 mil, até esta quinta-feira. Não há informações sobre os cômodos de cada imóvel.

Cuidados

A compra de um imóvel por meio de leilão exige alguns cuidados. O advogado José Maria Maués, especialista em direito imobiliário, explica que o primeiro passo é verificar se o imóvel está ocupado. “Muitas pessoas vão pelo preço, que realmente é muito atrativo, e quando vai ver o imóvel está ocupado, e a pessoa que está ocupando o imóvel em geral é o devedor, que vai fazer de tudo para não desocupar, então isso pode ser uma cilada”, alerta. 

É preciso saber, segundo ele, se quem ainda mora no imóvel vai sair em breve ou luta na justiça para manter a propriedade. Daí a importância de uma assessoria jurídica em casos como esse, diz José. Para ele, ter a figura de um advogado já acostumado com a situação facilita a aquisição de um imóvel por meio de leilão. 

Os procedimentos legais, de acordo com o especialista, são muitos: é preciso entrar com ação de imissão na posse para que a Justiça possa referendar aquela aquisição de propriedade. Em relação a compras tradicionais, fora de leilões, a maior diferença, para Maués, é justamente essa burocracia.

“É preciso contratar uma assessoria para averiguar todas as situações daquela ocupação, porque, muitas vezes, as pessoas compram um imóvel em um leilão e só depois vão fazer essa verificação, e veem que o proprietário tem liminar judicial de manutenção da posse e, com isso, mesmo comprando no leilão não tira aquela pessoa de lá. É uma guerra”, declara.

Em termos de documentação, os itens mais essenciais são os mesmos de uma compra normal: certidão de registro do imóvel para saber se há algum ônus além daquele que levou ao leilão; certidão condominial para verificar se o condomínio está em dia; e certidão de tributos, para checar o pagamento dos tributos.

Leilões no Pará:

Caixa: 5

• Aurora do Pará: Casa com três quartos. Valor atual: R$ 70,6 mil.
• Belém: Apartamento com três quartos. Valor atual: R$ 921,2 mil.
• Castanhal: Casa com dois quartos. Valor atual: R$ 140,5 mil.
• Marituba: Apartamento com dois quartos. Valor atual: R$ 103,8 mil.
• Paragominas: Casa com dois quartos. Valor atual: R$ 93 mil.

Itaú: 1

• Belém: Apartamento no Mangueirão. Lance inicial: R$ 60,5 mil.

Santander: 1

• Belém: Apartamento na Batista Campos. Valor atual: R$ 505 mil.