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Bancas de jornal reúnem tradição e modernidade pelo gosto da leitura em Belém

‘Empreendimento raiz’ é um forte aliado da cultura do papel impresso nos bairros da capital

Valéria Nascimento
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A banca de revista que Cid de Souza conduz na avenida Romulo Maiorana esquina com a travessa Humaitá, em Belém, é o que se pode chamar de negócio raiz. Na próxima terça-feira (16), o empreendimento vai fazer 34 anos de atividades ininterruptas no bairro do Marco, e o melhor, com a clientela cativa e outra que se renova, diz o próprio Cid, um forte aliado da cultura do papel impresso na capital paraense. 

"Nesse mundo de IA (inteligência artificial), por incrível que pareça, as pessoas têm procurado mais as bancas. Os pais, porque os pais deles sempre vieram na banca, e os seus filhos porque as escolas mudaram de atitude e estão pedindo que as crianças leiam mais gibis e livros, tipo minha neta, e então essas crianças é que serão nossos próximos clientes”, dispara Cid, com a cordialidade que lhe é peculiar.

Atento ao celular, por onde também fala com os clientes da banca, diariamente, Cid destaca que na era informacional em que se vive, as bancas de revistas seguem cumprindo uma função social de fonte de informações valiosas que estimulam a leitura e quebram a rotina imposta pelos atrativos jogos virtuais.

Impressos quebram rotina dos jogos virtuais

Leitor apaixonado, Cid pondera que, "as revistas fazem com que as crianças deixem um pouco os jogos de celular e adquiram novos hábitos de leitura. Então os clientes atuais e os antigos têm uma situação em comum, eles gostam de sentir as revistas nas mãos".

"Os adolescentes não procuram muito os jornais, eles gostam principalmente de mangá e revistas do mundo dos heróis e aí não só adolescentes, mas principalmente os adultos com um poder aquisitivo de médio a alto”, detalha Cid.

Ele garante que o público que gosta de comprar jornais impressos segue firme, portanto, a banca tem muita importância. Ela atrai os idosos e os jovens que têm na leitura uma tradição passada de uma geração para outra, e para um público formador de opinião, ela é fonte de pesquisas e notícias e não perdeu a força.

"Tem uma situação fantástica que é a época da Copa do Mundo. Nesses momentos todos vêm à banca. De crianças de 3 anos a adultos de 80 ou mais, é uma loucura”, diz Cid de Souza.

Diagramação dinâmica e textos objetivos atraem leitor

Cid afirma que o Jornal Amazônia é o jornal que sempre acaba primeiro, todos os dias. “E, os leitores do ‘Amazônia’ são em sua maioria de 40 anos para cima e leem ele porque é rápido e bem claro nas suas reportagens, que são pequenas, mas normalmente bem claras”, avalia Cid, com a categoria de quem conhece o Jornal Amazîonia em detalhes, e não para por aí.

Ele lista o que considera os maiores atributos do Amazônia Jornal. “O primeiro atrativo é a parte policial; o segundo, como não poderia deixar de ser, é o futebol paraense. Claro, o atrativo da capa: as modelos. Esses leitores são na sua maioria moradores do bairro. Muitos de fora (do bairro) compram quando têm alguma fofoca policial daquelas de arrepiar até o Drácula", conta o comerciante sorrindo.

"Ter a banca, sempre foi um sonho antigo, desde que eu lecionava Biologia já gastava muito com revistas e livros que são e serão sempre o meu lazer. Eu conheço o que vendo, e, graças a isso, as conversas correm fácil com clientes hoje de toda Belém, pois depois da pandemia (Covid-19), que fez com que muitas bancas fechassem, nós resistimos, principalmente, porque na nossa banca tem sempre tudo o que os clientes procuram e digo que os que resistiram, venceram”, orgulha-se Cid.

Evidência na capital e interior

Gerente do Mercado Leitor do Grupo Liberal, Sérgio Oliveira

Gerente do Mercado Leitor do Grupo Liberal, Sérgio Oliveira afirma que o Amazônia Jornal se mantém em evidência por ser simples e de fácil leitura. “As pessoas gostam disto em todos os bairros, da periferia ao centro”, diz Sérgio.

“O curioso é que os nossos assinantes quando renovam a assinatura, dependendo da modalidade, ganham três meses do Amazônia Jornal, gratuitamente. Quando terminam esses três meses de Amazônia gratuito, eles ligam querendo renovar assinatura e, às vezes, condicionam essa renovação à oferta de mais meses do Amazônia, ele está espalhado em toda a região metropolitana e no interior, acrescenta Oliveira.

Para Sérgio, "a cultura de leitura no Pará é forte, prova disso, é que Belém é a única capital em que a gente ainda vê o jornaleiro nas ruas, nos sinais, anunciando um impresso de manhã cedo, e não somente nos pontos de venda formais, como a gente vê em outras capitais”, assinalou o gerente do Grupo Liberal.

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