Aumento da margem do consignado é benéfica para aposentados e pensionistas, diz economista

A nova lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro amplia de 35% para 40% o limites de crédito

Elisa Vaz

A nova lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, que aumenta de 35% para 40% a margem de crédito consignado para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) durante a pandemia da covid-19, é benéfica para o público-alvo. É o que diz o economista Sérgio Melo. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de quarta-feira (31).

O crédito consignado é descontado diretamente do contracheque do tomador do empréstimo, o que diminui o risco de inadimplência. Por isso, as taxas dessa linha são mais baixas do que de outros tipos de empréstimos e financiamentos. Segundo o Banco Central, hoje são quase R$ 447 bilhões de crédito consignado, sendo R$ 168 bilhões para segurados do INSS. Procurado pela reportagem, o Instituto informou que não houve expediente nesta quinta-feira (1º), por conta do feriado de Páscoa, e por isso não foi possível mostrar o número de aposentados com crédito consignado no Pará.

Segundo o economista Sérgio Melo, a lei nº 14.131/2021 consiste em uma medida emergencial de combate aos efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus, tendo como público-alvo aposentados, pensionistas e servidores públicos em geral.

“Portanto, nesse sentido, a lei é benéfica para aumentar a capacidade de obtenção de crédito nesse período em que passamos por um momento de agravamento da crise sanitária e econômica, pois dado o aumento no número de casos da covid-19, as medidas de distanciamento social passam a ficar mais rígidas, o que diminui consideravelmente as fontes de renda das famílias, sem contar o nível de desemprego que já atinge 14,2% no Brasil”, opina.

O especialista também diz que, em muitos casos, o crédito adicional para um membro da família pode significar a obtenção de alimentos e outros bens e serviços essenciais para os demais. Por isso, além do choque positivo no consumo das famílias, as atividades de bens e serviços essenciais são beneficiadas indiretamente.

Há um ponto de atenção a ser considerado, de acordo com Sérgio, que é o potencial de aumento da inadimplência do público-alvo, pois elevar o grau de endividamento consignado em folha pode fazer com que as famílias deixem de realizar outros pagamentos. “Assim, cada família que poderá acessar o crédito precisa ter em mente que deve contratá-lo somente após uma organização das finanças, ou seja, compreender quais são as despesas essenciais, os pagamentos a realizar, as receitas a obter e as pendências financeiras existentes e, a partir de então, definir qual a finalidade do recurso financeiro”, orienta.

Ainda segundo o economista, também é importante ter cuidado com os juros envolvidos na operação, pois o crédito consignado possui uma das taxas mais baixas do mercado, porém, há instituições financeiras que praticam juros altos em empréstimos para pessoas físicas. Ou seja, é preciso aprimorar os hábitos de educação financeira para que o benefício não se torne um problema mais à frente.

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