Consumidores de Belém preferem pagar com pix, mas não dispensam outras opções
Lojistas também enxergam na praticidade das formas de pagamento atuais um fator positivo nas vendas
A praticidade dos pagamentos via pix ou aproximação em cartões de crédito e débito cativaram a maioria dos consumidores de Belém, segundo lojistas locais. Os comerciantes também elogiam os benefícios das modalidades mais modernas, que facilitam o repasse de troco e garantem uma transação mais rápida e segura, o que melhora a dinâmica de atendimento. A técnica de enfermagem paraense Marissanta Duarte adotou o pix como sua principal forma de pagamento, mas explica que mantém as demais como uma estratégia para controlar gastos e armazenar uma reserva de emergência.
Dados divulgados pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), apontam que o pix atingiu cerca de 63,8 bilhões de transações até o fim de 2024, um crescimento de 52% em comparação aos 41,9 bilhões de 2023. Os números consolidam a modalidade como o meio de pagamento mais usado no país. As transações superaram as de cartão de crédito, débito, boleto, TED, cartão pré-pago e cheques no Brasil, que, juntas, totalizaram 50,8 bilhões. O levantamento considera a base de dados do Bacen(Banco Central) e da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços).
Apesar de ter preferência pelas transações via pix, a técnica de enfermagem, que saiu para fazer compras no centro comercial de Belém, optou pelo pagamento no débito. Mas, isso apenas por estar “sem dinheiro no pix”. Ela explica que aderiu à estratégia de separar o dinheiro em contas diferentes, em uma usa a modalidade do pix e na outra as demais, como débito e crédito. Essa dinâmica garante que ela sempre mantenha uma quantia guardada em alguma das contas, evitando gastos desenfreados, o que acontece facilmente devido a praticidade dos mecanismos modernos.
“O pix se tornou mais fácil, para mim a praticidade é maior. Ele ajuda e atrapalha, porque nele é mais fácil o dinheiro sair, então eu mantenho dois cartões, um sem pix e o outro costumo deixar em casa, por uma questão de organização, ai eu não gasto”, explica a consumidora.
Além de agilizar o pagamento, as vantagens das novas formas de pagamento também recaem sobre os lojistas, que apontam melhoras no atendimento e nas finanças. O fator rapidez possibilita que os vendedores consigam atender um número maior de clientes, o que reflete nos lucros. Além disso, especialmente a modalidade do pix, permite que os usuários repassem valores bem específicos, mesmo os centavos, evitando excessos e perdas, comuns nas transações com dinheiro físico.
A vendedora Josy Corrêa confirma, que, nos seus mais de cinco anos no ramo, o comportamento dos clientes mudou para formas de pagamento que priorizam a economia de tempo. “A partir do momento que todo mundo se acostumou no pix, essa virou a preferência deles e também o cartão de crédito”, explica.
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Segundo a vendedora, a preferência dos lojistas também mudou nos últimos anos, mas por uma questão de segurança. Ela explica que a circulação de dinheiro em espécie acumulado nas lojas deixava os espaços mais vulneráveis. Assim, os novos mecanismos se tornaram bons para ambos. “Tanto para o cliente, quanto para o lojista, é mais seguro receber no pix e no cartão de crédito, devido ao fluxo de dinheiro em espécie”, avalia.
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