Abipesca pede ao governo crédito emergencial de R$ 900 milhões para mitigar impacto do tarifaço

Setor estima R$ 300 milhões em perdas imediatas e alerta para risco de colapso em 35 indústrias e 20 mil empregos após tarifa de 50% imposta pelos EUA

Estadão Conteúdo
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A Associação Brasileira das Indústrias de Pescado (Abipesca) solicitou ao governo federal a liberação de R$ 900 milhões em crédito emergencial para mitigar os impactos imediatos da tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre produtos importados do Brasil. O pedido foi formalizado por meio de ofício enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e protocolado no Palácio do Planalto.

A proposta da entidade prevê a criação de uma linha de crédito emergencial com seis meses de carência e prazo de 24 meses para pagamento. Segundo a Abipesca, o setor enfrenta uma grave crise de capital de giro, devido à dificuldade de redirecionar a produção que seria destinada ao mercado norte-americano. O mercado interno, explica a associação, não absorve os cortes específicos preparados para exportação.

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“O setor está sem alternativa no curto prazo. Sem crédito, não há como manter os estoques, honrar compromissos e preservar os empregos. Essa linha emergencial é crucial para evitar um colapso imediato e dar fôlego até que se encontre uma solução duradoura”, afirmou o presidente da Abipesca, Eduardo Lobo, em nota.

A entidade destaca que cerca de 70% dos pescados exportados pelo Brasil têm como destino os Estados Unidos. Desde o anúncio da nova tarifa, a Abipesca estima que aproximadamente R$ 300 milhões em produtos estejam parados em portos, embarcações e unidades industriais. A associação alerta que, sem uma resposta rápida, 35 indústrias e cerca de 20 mil trabalhadores — incluindo pescadores artesanais — podem ser afetados por cortes e paralisações.

No documento enviado ao presidente, a Abipesca também pede que o governo intensifique as negociações para reabrir o mercado europeu, fechado às exportações brasileiras de pescado desde 2017. Na época, a suspensão foi determinada pelo próprio Ministério da Agricultura, após recomendações das autoridades sanitárias da União Europeia. A reabertura do bloco europeu ao pescado brasileiro é uma das principais demandas do setor produtivo ao governo Lula e, segundo a entidade, deve se tornar prioridade como alternativa ao impacto da taxação dos Estados Unidos.

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