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1º Seminário Estadual das Pesquisas por Empresas é realizado em Belém

Evento teve como objetivo destacar a importância de pesquisas econômicas para o desenvolvimento dos setores industrial, da construção, comercial e de serviços

Gabriel da Mota
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Com o tema “Foco na Indústria, Construção, Comércio e Serviços”, foi realizado na manhã desta quinta-feira (11) o 1º Seminário Estadual das Pesquisas por Empresas, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) em Belém. O evento foi uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), a Fiepa e a Federação do Comércio do Estado do Pará (Fecomércio-PA), e teve como objetivo mostrar a relevância de levantamento de dados empresariais referentes aos setores envolvidos.

O superintendente do IBGE no Pará, Rony Cordeiro, explicou que o ineditismo da ação visa alcançar um maior número de dados nas próximas pesquisas do instituto. “A gente observou que, durante e após a pandemia, houve uma queda no aproveitamento das coletas do IBGE, principalmente em função da não resposta dos nossos informantes. Então, este seminário traz o público para mostrar os principais e mais importantes números dos setores envolvidos, para sensibilizar o público na participação em nossas pesquisas”, declarou.

“Isso se reflete nas políticas públicas regionais, porque essas políticas se baseiam nas estatísticas do IBGE. Quanto mais empresas responderem os questionários, melhor as políticas vão ser formadas e vão ser também mais efetivas para a população”, acrescentou o coordenador nacional das pesquisas por empresas (IBGE/RJ), Alessandro Pinheiro. 

Os resultados discutidos são obtidos a partir de quatro levantamentos: a Pesquisa Anual de Serviços (PAS), que inclui indicadores sobre salários, receitas, custos e despesas; a Pesquisa Anual de Comércio (PAC), que estima a receita operacional líquida, margem de comercialização e produtividade; a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), que traça o perfil do emprego nesse segmento e serve como base para estimativas macroeconômicas do Sistema de Contas Nacionais (SCN); e a Pesquisa Industrial Anual (PIA), que se divide em amostras de empresas e estatísticas sobre produção de bens e serviços industriais.

Em 2023, o aproveitamento da coleta PAS ficou em 64%, e em 67,8% na PAC – cujos resultados se referem a 2022 e ainda não foram apresentados detalhadamente. “O ideal é, no mínimo, 80%. Está muito abaixo do que consideramos razoável”, afirmou o analista do IBGE no Pará, Luiz Cláudio Martins.  

Dados mais recentes

Na série histórica de 2020 a 2021, o IBGE observou um baixo desempenho econômico no país, com destaque para o crescimento negativo do PIB em três anos: 2015 (-3,5%), 2016 (-3,3%) e 2020 (-3,3%). Apesar disso, no Pará, o número de empresas comerciais saltou de 9.675 em 2010 para 11.605 em 2021; um crescimento de 20%. 

O número de empresas de serviço no estado teve variação percentual ainda maior: 82% (subiu de 4.279 para 7.798 no mesmo período). No que diz respeito à receita bruta de serviços prestados nos estados da região Norte em 2021, o Pará ficou em segundo lugar: 35,3% de participação, atrás do Amazonas (39,7%).

Marcel Botelho, diretor presidente da Fapespa, destacou a importância de dados como esses para que as gestões pública e empresarial enxerguem oportunidades de investimento no estado. “Todos os municípios paraenses têm uma forte vocação para o turismo, mas nem todos têm a infraestrutura necessária. Nessas últimas pesquisas, os dados mostram uma grande desigualdade entre os eixos do ecossistema em relação ao sócio-econômico. Nós precisamos melhorar muito a qualidade de vida da nossa população”, frisou.

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Economia
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