'Virgínia e Adelaide': filme resgata história de mulheres que revolucionaram a psicanálise no Brasil

Longa dirigido por Yasmin Thayná e Jorge Furtado narra a amizade entre duas cientistas que romperam barreiras

Bruno Menezes | Especial para O Liberal

Estreia nesta quinta-feira (8) um novo filme nacional que apresenta ao público a vida e obra de duas personagens que marcaram a história da psicanálise no Brasil. 'Virgínia e Adelaide' é inspirado em Virgínia Leone Bicudo e Adelaide Koch, mulheres fundamentais para a construção do método criado por Sigmund Freud para entender a mente humana.

Dirigido por Yasmin Thayná e Jorge Furtado, o longa é uma obra de ficção baseada na trajetória das duas cientistas, explorando suas histórias e a relação de amizade que surgiu quando Virgínia — socióloga e psicanalista negra — iniciou um processo terapêutico com Adelaide, médica e psicanalista judia que havia fugido da Alemanha nazista com a família.

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A atriz Sophie Charlotte, que interpreta Adelaide, afirma que o filme é importante para homenagear e divulgar a trajetória das duas mulheres que romperam barreiras e foram protagonistas na história da psicanálise no país.

“A gente precisa contar mais as nossas histórias, das nossas heroínas, que tanto resistiram e construíram este país de tantas formas. A psicanálise é uma dessas formas”, disse Sophie Charlotte ao Metrópoles.

Gabriela Correa, que encarna Virgínia, destaca que o estudo da psicanálise em torno da raça e do colorismo teve forte impacto em sua preparação para o papel.

“Senti que ela, assim como eu, soube o que é transitar em espaços majoritariamente brancos e questionar, afinal, o que ela era, onde se encaixava, quais eram suas origens, já que era filha de pai negro e mãe branca. Esse não-lugar, a violência da vergonha e do não pertencimento, do auto-ódio — tudo isso é algo que experimentei, em alguma medida, na minha vida”, completa.

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