Setor cultural perdeu 700 mil trabalhadores entre 2019 e 2020
Pesquisa do IBGE divulgada nesta quarta mostra que o setor registrou queda de 11,2% no total de pessoas ocupadas neste período
Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada na quarta-feira, 8, mostra que o setor cultural brasileiro registrou queda de 11,2% no total de pessoas ocupadas em 2020 em relação a 2019. Isso quer dizer que cerca de 700 mil pessoas deixaram de trabalhar no setor no primeiro ano da pandemia. A taxa de informalidade subiu para 41,2% no período.
Os dados fazem parte do Sistema de Informações e Indicadores Culturais (Siic) 2009-2020. Baseou-se na análise de informações apuradas em diferentes pesquisas do IBGE, como a PNAD Contínua, o Cadastro Central de Empresas (Cempre), a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e as Regiões de Influências das Cidades (Regic).
Segundo o Siic, no ano passado o setor cultural ocupava 4,8 milhões de pessoas, o que representa 5,6% do total de ocupados do País. Em 2019, eram 5,5 milhões, o equivalente a 5,8% do total.
A maior parte deles era formada por trabalhadores por conta própria. De acordo com o IBGE, 41,6% se enquadravam nesse grupo. Outros 37,7% tinham carteira assinada, enquanto 11,3% trabalhavam sem carteira. A taxa de informalidade do setor ficou em 41,2% em 2020. Foi maior do que a média do Brasil, que foi de 38,8% entre a população ocupada.
A pesquisa mostra ainda que a proporção de pretos e pardos nas atividades culturais é de apenas 43,8% entre os ocupados no País Ficou abaixo da média nacional, 53,5%.
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