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Roda de conversa dentro do Arte Pará aproxima público dos artistas

João Thiago Dias

Uma roda de conversa reuniu, na noite desta quinta-feira (31), Lúcia Gomes, Elaine Arruda e Mestre João Aires, que estão entre os 26 artistas amazônicos que compõem "As Amazonas do Pará", exposição do Arte Pará 2019 que está no Museu da Universidade Federal do Pará (UFPA). O momento aproximou o público aos artistas, que explicaram mais detalhes sobre as práticas e métodos de atuação nos trabalhos expostos no salão.

Intitulada "Roda de conversa com o artista no espaço expositivo", a ação foi realizada por volta das 18h30 às 19h45, no Museu da UFPA, sendo a primeira de um cronograma de conversas que será cumprido, de preferência às quintas-feiras, até o encerramento do Arte Pará deste ano, no fim de dezembro.  

A curadora da mostra, Nina Matos, foi uma das mediadoras da ação. "Os encontros dos artistas com o público fazem parte das ações educativas da mostra. Um momento do artista falar do processos criativo, pesquisa e vivências. Uma troca de experiências", explicou Nina. 

A curadora educacional e coordenadora do Arte Pará 2019, Vânia Leal, também mediou o encontro e frisou a importância de aproximar o trabalho de arte e vida do artista com o público. "Nesse momento, é quando o público tem contato com o processo da obra constituída. Além de aproximar, também trabalha na formação do olhar do público, porque com o conhecimento do processo, vê o trabalho de forma renovada", destacou.

A artista Elaine Arruda, que apresenta duas obras em parceria com o mestre João Aires - experiente em carpintaria naval -, comentou que os trabalhos são tridimensionais e foram construídos no espaço arquitetônico. O primeiro é "Mastarel", que está no salão do Museu da UFPA. E o segundo é "Tijuquaquara", que está na exposição "Deslendário Amazônico", no Museu do Estado do Pará (MEP).  

"Os trabalhos são site specifics que deslocam construções típicas da carpintaria naval amazônica para o espaço arquitetônico e museal", esclareceu Elaine. "O caráter colaborativo é a chave do trabalho, que tem o intuito de mostrar para a cidade e para instituição de arte que esse saber e essa prática são fundamentais e devem ser reconhecidos, estudados e difundidos. Nosso processo é de troca. Me coloco como assistente dele, e ele me ensina os passos para a construção do Mastarel, que é uma prática que está em extinção", detalhou Elaine. 

O trabalho-pesquisa iniciou em 2016, quando a dupla produziu um mastro de barco, que foi instalado no Mercado do Porto do Sal, na Cidade Velha. A fotografia faz uma crítica à uma proposta de gentrificação do porto. Para o mestre João Aires, a aproximação com a comunidade da área foi marcante. "Uma parceria muito bonita. A comunidade do Porto do Sal se chegou muito com a gente agora, depois do nosso trabalho. Nos comunicamos e nos conhecemos melhor", disse. 

Já a artista Lúcia Gomes integra a 38ª edição do Arte Pará vestida em um traje preto da indumentária da marujada, em protesto contra a ditadura militar, instaurada entre 1964 e 1985 no Brasil. A performance é intitulada "Pelo Julgamento dos Golpistas e Torturados de 64".

Ela fala sobre registro de performance e performance voltada parafotografia e vídeo, abordando o que é performance artística, que é muito diferente do show. "Há performance quando o artista usa seu corpo como matéria de seu trabalho e traz a sua verdade como conteúdo deste trabalho. Diferente do show, que se escolhe um tema da moda. objetivando o sucesso rápido e fácil", explicou.

Agende-se

Arte Pará 2019
Visitação até o dia 22/12
Locais: “Deslendário Amazônico” - Museu do Estado do Pará (MEP) - Praça Dom Pedro II, s/n - Cidade Velha
“As Amazonas do Pará” - Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA) – Avenida José Malcher, 1192 - Nazaré
Realização: Fundação Romulo Maiorana
Patrocínio: Vale e Faculdade Fibra.
Colaboração: Sol Tecnologia e O Liberal na Escola
Site Arte Pará

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Cultura
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