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Roda de Conversa debate o protagonismo feminino no Museu da UFPA

'Mulher, arte e resistência' foi o tema da palestra da professora de História da UFPA, Anna Maria Linhares

João Thiago Dias
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A necessidade de lutar por mais visibilidade das mulheres em várias esferas da sociedade. Esse foi um dos principais pontos abordados pela professora do curso de História da Universidade Federal do Pará (UFPA) do campus de Ananindeua, Anna Maria Linhares, na terceira roda de conversa do Arte Pará 2019, realizada na noite desta segunda-feira, 11, por volta das 19h às 21h, no Museu da UFPA, em Nazaré, Belém.

O diálogo reuniu aristas e outros convidados para apresentar o tema "Por uma Visibilidade das Amazonas do Pará: mulher, arte e resistência", que abordou temas como feminismo, violência, educação e arte. A professora também compartilhou crônicas feministas e alguns questionamentos em relação ao atual Governo Federal.  

Para a professora, o diálogo, especialmente por meio da educação, é primordial para a visibilidade feminina. "Sou professora de história e tenho um grupo de extensão chamado 'Lugar de mulher é onde ela quiser: gênero e ensino de História', que realiza oficinas mensais em escolas públicas. Só a educação, para além de dar visibilidade para a mulher, pode acabar com a violência", sugeriu Anna Maria Linhares.

Para abordar a questão da violência contra as mulheres, ela apresentou alguns dados divulgados ano passado, em uma reportagem do portal G1, com números sistematizados no Monitor da Violência, parceria do portal com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

"De acordo com a Monitoria da Violência, doze mulheres são assassinadas todos os dias, em média, no Brasil. São 4.473 homicídios dolosos, sendo 946 feminicídios, ou seja, casos de mulheres mortas em crimes de ódio motivados pela condição de gênero", destacou.

"Se considerarmos o último relatório da Organização Mundial da Saúde, o Brasil ocuparia a 7ª posição entre as nações mais violentas para mulheres de um total de 83 países. Esses dados são uma vergonha para nosso País", criticou Anna.

A curadora educacional e coordenadora do Arte Pará 2019, Vânia Leal, disse que o diálogo atravessou questões importantes com o eixo curatorial de Nina Matos, As Amazonas do Pará. "Os dados sobre violência contra a mulher e a invisibilidade presente na Arte trouxe reflexões, inquietações, e outro olhar para as obras das artistas mulheres presentes na exposição e, principalmente, para nós mesmas, mulheres. O ponto de atenção dessas ações é aproximar o público da Arte Pará por meio de uma condução crítica, política e social", ponderou.

Na próxima quinta-feira (14), às 19h, também no Museu da UFPA, a ação educativa do Arte Pará continua com a quarta roda de conversa entre artistas e público, que vai apresentar o tema "Visualidade e Resistência: diálogos com artistas Elza Lima e Walda Marques".

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