Rafael Bqueer apresenta sua arte na exposição 'TupiniQueer'

A mostra traz registros de ações performáticas LGBTQ+ nos EUA, Rio e São Paulo

Enize Vidigal
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O artista visual paraense Rafael Bqueer abre a exposição "TupiniQueer", nesta sexta-feira, 4, no Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso, às 19 horas. A mostra traz uma instalação com fotografias, vídeos e objetos relacionados a ações de militância LGBTQ+, incluindo uma residência artística realizada nos Estados Unidos no Rio de Janeiro, além de performance nas ruas de São Paulo. Ainda, dragqueens e drag queers convidados, do grupo Noite Suja, farão intervenções artísticas para marcar a pluralidade que marca o trabalho do Rafael. "TupiniQueer" fica aberta à visitação pública até o próximo dia nove de novembro. A entrada é franca.

"A gente está criando a conexão com a ideia de ambiente. Há relação implícita com os ambientes do artista Hélio Oiticica", informa o curador de TupiniQueer, John Fletcher. "Essa mostra se coloca em um lugar propositivo, crítico e que abraça uma real agenda da diversidade que estamos defendendo para o país e para o mundo. É uma organização artística que reforça o coro de uma luta por igualdade e respeito à diversidade".

A exposição reúne trabalhos recentes de Rafael Bqueer, que abordam temas como militância e vivência no universo LGBTQ+, decolonialidade e novas perspectivas políticas para o pensamento afro-diaspórico na arte contemporânea brasileira.

Nas imagens registradas pelo fotógrafo Alex Korokolvas, Rafael aparece em Nova York, vestido como drag queen, desfilando na "Pride", a parada do orgulho LGBQI que marcou o aniversário de 50 anos de luta por direitos civis nos Estados Unidos. "A Pride é simbólica porque influencia as movimentações pelo mundo", ressalta o curador. As fotografias de Alex também mostram o público que participou e assistiu a parada, incluindo famílias e pessoas de diversas faixas etárias.

Em outro registro audiovisual e fotográfico, Rafael realiza uma ação performática em São Paulo, chamada Super Zentai, em que saiu às ruas vestido de Power Ranger Rosa para discutir a influência das animações e séries de tevê com a hipersexualização nos comportamentos da juventude contemporânea.

A mostra também traz ainda um vídeo da ação Lenoir, gravada ns ruas no Leblon, no Rio. Nele, Rafael e um grupo de artistas periféricos e negros fizeram uma manifestação simbólica vestindo negro, em sinal de luto, em pontos do bairro do Leblon, para demonstrar a força da militância política e de resistência nesse bairro.

O coletivo paraense de drag queens e drag queers, Noite Suja, foi convidado a participar da exposição com o objetivo de convidar o público para uma experiência imersiva dentro do espaço da exposição.

A mostra faz parte da agenda anual do Projeto Diálogos-Exposições e Laboratórios de Criação, desenvolvido pelo Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-O-Peso, que visa desenvolver ações expositivas e educativas no campo das artes visuais para valorizar o processo criativo dos artistas, além de fomentar e valorizar a produção paraense.

Agende-se:

Instalação TupiniQueer, de Rafael Bqueer
Data: sexta-feira, 4/10, às 19h
Visitação: até 09/11
Local: Centro Cultural Sesc Boulevard (Boulevard Castilhos França, 522/523, Campina)
Informações: (91) 0800-941-1242 e 4005-9591
Entrada franca

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