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Parauapebas e Canaã dos Carajás ganham Cordões de Pássaros Juninos 

A Arara Vermelha e a Arara Azul estreia neste fim de semana, 26 e 27 de março.

Enize Vidigal, O Liberal
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Neste final de semana, os municípios de Parauapebas e de Canaã dos Carajás irão ganhar cordões de pássaros, uma tradição popular da periferia de Belém que se espraiou por algumas regiões do Pará, como Marajó, Baixo Amazonas e Nordeste, mas só agora chega  ao Sudeste do estado. O trabalho de criação da Arara Vermelha, em Parauapebas, e da Arara Azul, em Canaã, foi conduzido pela socióloga Laurene Ataide, que é mestra da cultura popular e guardiã do Pássaro Colibri, de Outeiro. A iniciativa teve o patrocínio do Instituto Cultural Vale por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

No sábado, 26, O Cordão de Pássaro Arara Azul será apresentado aos moradores de Canaã dos Carajás, às 19h, na Praça da Bíblia do bairro Novo Horizonte. E, no domingo, 27, será a vez da Arara Vermelha, que terá duas apresentações em Parauapebas: às 18h, no Centro Cultural Parauapebas, no Loteamento Alvorá, e às 21h, na Praça Mahatma Gandhi, no bairro Cidade Nova. Os dois grupos irão encenar o espetáculo a peça “Nas Asas a Liberdade”, de autoria de Laurene, com adaptações próprias.

O Colibri vai se apresentar em cada uma dessas oportunidades, logo após as araras. O grupo do cordão de pássaro de Belém chega à região com 50 integrantes, entre brincantes, pais, músicos e coordenadores. 

Pássaro Colibri

“O pássaro junino é uma brincadeira, chamada ópera cabocla ou teatro cantado porque traz textos falados que são completados com músicas”, explica Laurene. A criação do pássaro nessas cidades é fruto da manifestação de representantes locais e se consolida após a realização de oficinas sobre leitura dramática, canto, encenação, impostação de voz e da produção de adereços e indumentárias. O projeto também forneceu materiais para a produção dos figurinos do espetáculo, além dos instrumentos (violão, flauta doce, tumba e pandeiro).

“Estou achando maravilhoso! Me mandaram foto da cabeça da Arara Vermelha, que está belíssima. Me mandaram uma música muito linda da Arara Azul, que é um carimbó em homenagem a todos os pássaros. Estou me arrepiando. Estou numa expectativa grande que esses pássaros serão maravilhosos”, comemora a mestra, que trabalha com o resgate, manutenção e criação de pássaros juninos.

Bruno Cardoso, guardião do Arara Azul, de Canaã, conta que o grupo é formado por pessoas de várias idades, principalmente, jovens e adultos, além de uma criança. “Os brincantes estão muito empolgados, pois é algo novo para quase todos. Alguns são bailarinos, outros atores, artistas plásticos e admiradores da cultura. Mas, pela primeira vez, estão participando de um cordão e se deparar com essa cultura popular tem encantado bastante a todos”, conta.

A guardiã da Arara Vermelha, Jaerli Campos da Silva, se alegra com a motivação dos brincantes do Cordão e diz que todos estão encantados com a manifestação e ansiosos para a primeira apresentação. “Eles (brincantes) estão muito animados com esse contato com o teatro popular, o canto e as narrativas populares. É notório o desenvolvimento de cada um nos ensaios”, diz. “Esse projeto é muito significativo para os jovens. É uma tradição da cultura popular paraense e o Cordão de Pássaro Junino é um instrumento cultural que aproxima e estabelece diálogo com a comunidade em geral, dando possibilidades de desenvolvimento social”, destaca.

 

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