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No Dia Mundial do Rock, artistas paraenses mostram a versatilidade e a paixão pelo gênero musical

Artistas da velha e nova geração mostram que o rock continua vivo em Belém e no mundo

O Liberal

Pensar em rock in roll é pensar em revolução. Afinal, o gênero revolucionou a música e o comportamento social na segunda metade do século XX. Mas a mensagem que o rock carrega vai além de um estilo de música que fale sobre liberdade de expressão. O Dia Mundial do Rock nasceu dentro de um grande evento, que tinha o intuito de conscientizar a população mundial sobre a drástica pobreza e a fome na Etiópia. O “Live Aid” ocorreu dia 13 de julho de 1985, quando o cantor Phil Collins fez questão de marcar essa data como o dia mundial do rock. Na ocasião, grandes músicos estavam presentes como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, U2, entre outros.  

Em Belém, há uma fiel legião de fãs do rock que não deixam o estilo morrer, mesmo com o mercado nem sempre generoso. Jayme Katarro, vocalista da banda paraense Deliquentes explica que o rock já teve fases boas e ruins no cenário local. “Eu costumo sempre ter um olhar otimista na fase atual do rock. Mesmo com a pandemia em curso, as bandas estão cada vez mais profissionais, principalmente em relação as gravações e videoclipes. Bandas como Superself, Elder Effe, O Cosmo, Inferno Nuclear e inúmeras outras lançando videoclipes com uma qualidade nunca visto antes aqui, então para mim, estamos numa excelente fase, estando na mídia, na moda ou não”, afirmou.  

O músico conta que o amor pelo rock nasceu ainda aos doze anos. “Eu ouvia rock com meus irmãos. Eram coisas mais leves como Pink Floyd, Led Zeppellin. Mais tarde conheci o heavy metal, que é um rock mais pesado e pouco depois, o punk rock e hardcore, que entraram em minha vida como um furacão avassalador”, afirmou.  

Com mais de trinta anos de carreira, a banda Deliquentes nasceu em 1985 e percorreu várias fases do local. “Hoje a banda é formada por Pualo Bigfoot na guitarra, Pablo Cavalcante no baixo e Raphael Lima na bateria, além de mim nos vocais. Temos quatro discos lançados e um DVD, além de vários videoclipes, inclusive o que lançamos semana passada, com o nome de Carro Prata”, destacou Jayme.  

Ele explica ainda que a banda se destaca por fazer um som mais agressivo do que geralmente toca na mídia paraense. “As nossas influências são de bandas locais, nacionais e gringas que sempre tocaram o hardcore e thrash metal com letras de protesto. Aliás, a política é uma grande influência da banda também, pois a nossa música é rock de protesto puro”, finalizou.  

 O rock também virou a paixão do baterista paraense, Davi Diniz, que inclusive lançará seu primeiro ep na próxima quinta-feira (15). Tocando bateria desde os cinco anos, o primeiro contato do jovem com o rock foi aos dez anos. “Aos dez anos fui pra uma escola de música chamada Sonora. O professor tinha uma banda de rock. Foi o primeiro contato que tive com o mundo do rock. Eu fui influenciado pela banda e comecei a estudar, tocava de tudo um pouco das principais bandas de rock do mundo”, contou.  

Davi, que já foi já foi vocalista da banda de rock paraense “Revolução”, lança um trabalho inédito mostrando como o gênero é versátil e sofre várias influências. “Quando entrei no conservatório Carlos Gomes, me deparei com o jazz. Ao unir meu amor pelo rock com a paixão que nasceu pelo jazz, pude descobrir um estilo de música chamado "Fusion", que é a mistura do rock com o jazz. E é isso que mostrarei com meu novo trabalho chamado “Drumaction”.

Comprovando que o rock não tem idade e segue várias vertentes, mais um jovem talento ganha espaço no cenário paraense. O cantor Gabriel Silveira não poderia ter seguido outro caminho como ele mesmo fala. “Quando comecei a minha carreira, não tive como fugir. Influenciado por tantas sonoridades, fui procurando colocar de maneira ampla, porém sem esquecer o meu lado original, as minhas referências musicais no meu trabalho. Hoje, dentro do rock, procuro construir uma imagem autoral para que eu seja reconhecido por esse trabalho”, explicou.

Gabriel, que trás na bagagem um amplo conhecimento também em marketing musical acredita que o rock precisar retomar a sua força dentro do mercado. “Não acho que seja culpa apenas da falta de oportunidade, existem outros fatores que são fundamentais para que se tenha espaço.  É preciso investimento e coragem para que se possa sustentar temas de bandas que falam sobre questões sérias em nosso país. Todas as vezes que o rock foi pioneiro fez mudar o pensamento da população e refletir sobre questões que são significativas como política, preocupação coletiva e liberdade de um modo geral”, relatou.

Para o cantor, o rock vai além da música. “É paixão, eu escolhi viver o rock. Acredito que sempre haverá músicas incríveis e artistas maravilhosos que vão eternizar esse gênero vibrante”, finalizou o músico. E na semana do dia mundial do rock, grandes artistas celebram novo ciclo, como é o caso do guitarrista Joe Satriani (que completa 65 anos no dia 15 de julho) e o vocalista da banda Skank, Samuel Rosa (que completa 55 anos no mesmo dia).

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