Sammliz expande dores no single 'Irmã', que vem acompanhado de clipe

Sammliz apresentou ao mundo o novo single “Irmã”, lançado pelo selo Urtiga e acompanhado de um videoclipe. Sob direção de Bernie Walbenny e da própria artista, o trabalho foi gravado em São Paulo, em meio ao estranho cotidiano do distanciamento social. A edição é de Adrianna Oliveira.

O vídeo entrelaça a atmosfera íntima e confessional da música e do período atual. Entre os jogos de sombra e luz, a provocação principal da música fica sempre à mostra: o que cada um de nós é na escuridão?

Walbenny - que também assina a fotografia do clipe - e Sammliz já ensaiavam há algum tempo realizar um trabalho juntos. Foi uma coincidente estadia dos dois na capital paulista no último mês que deu o impulso necessário para tirar do papel o plano de trabalhar em um projeto em dupla.

Para a cantora, o processo de criação deste clipe foi não só orgânico e natural, como também um registro íntimo de Sammliz e as lentes de Walbenny. “Resolvemos gravar de forma bem intimista, somente eu e ele, com todas as condições de segurança. Eu já tinha em mente o que queria desde quando a música ficou pronta, que era essa atmosfera confessional, sem personagem por trás. Sou eu mesma diante da câmera dizendo o quero dizer pra quem quero dizer”, explica.

Na ocasião, uma quase nunca silenciosa São Paulo, carinhosamente apelidada de cidade que nunca dorme, foi cenário das gravações. “Ele, como diretor e à frente da direção de fotografia, montou o set, produziu o cenário e deu várias ideias. Gravamos em duas horas em uma noite fria, e raramente silenciosa em SP, no bairro do Bom Retiro”, relembra.

Desde o seu primeiro disco solo, Mamba (2016), Sammliz entrega seus singles com uma expansão visual que sempre chega para o público com uma narrativa que complementa a atmosfera das suas músicas. “Eu adoro videoclipes... Ver e fazer. Amo o todo gigante que é o audiovisual. Se vou fazer um clipe para uma música, ele precisa do porquê existir, um propósito para contar aquelas história em imagens”, explica Sammliz, que ao longo de cinco anos constrói uma videografia cuidadosamente pensada.

No processo de construção dos trabalhos audiovisuais da carreira, a cantora encontrou parceiros que somaram nas produções. Um dos nomes que está sempre envolvido nos projetos é Adrianna Oliveira, diretora que moldou a estética visual da sonoridade de Sammliz por meio da direção e edição.

“Nós temos referências muito parecidas e sempre embarco de imediato nas suas ideias de roteiro e produção. A Adrianna me conheceu muito durante esse processo e tem uma leitura peculiar sobre o meu trabalho”, complementa a artista, que entregou nas mãos de Adrianna a edição do clipe de “Irmã”.

Para a diretora, o elo que une a videografia de Sammliz é a dor e o sofrimento que surgem, muitas vezes, de forma espontânea e durante as gravações. “Até me admiro com o quanto de choro e sangue falso que tivemos que produzir para os clipes. Quando surge aquele primeiro respiro da história que queremos contar, misteriosamente ela é direcionada ao sofrimento. Para o clipe de Leviatã Lux, de 2019, gravamos cenas com um macaco gigante de circo e de repente se transformou em um vídeo triste com um macaco de 12 metros”, conta Adrianna, que se diz admirada com as diferentes interpretações do público e o poder de adaptação das histórias dos clipes em diversas dores.

Traduzir as referências estéticas e emocionais da música para o vídeo é o papel da direção na videografia de uma cantora que escreve suas letras de forma subjetiva. Esta linha guia os demais processos criativos dos clipes que quase sempre unem o onírico com o real, do figurino à cenografia. “A produção envolvida nos projetos é sempre formada por pessoas muito profissionais e que se entregam ao projeto com a mesma paixão que eu, e os resultados saem impregnados por essa atmosfera”, conclui Sammliz.

Para conferir o videoclipe de Irmã e as demais produções que complementam o seu projeto solo, basta acessar o canal oficial de Sammliz no Youtube. Além dos videoclipes de Irmã e Leviatã Lux, a artista já lançou Deusa da Lua (2017), Quando Chegar o Amanhã (2017), Faca (2016) e Mamba (2016.