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Psica Festival reúne do brega ao hardcore em Belém

Evento, que está no sétimo ano, é organizado com fundo de coleta entre amigos

Bruna Lima
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Um festival totalmente independente e planejado a partir de um fundo de coleta entre amigos vem resistindo e ganhando força no cenário da música. A edição de 2018 do Festival Psica começa nesta quarta-feira (19) e vai até o próximo sábado (22), com o maior número de atrações de todos os anos. A programação começa com oficinas, rodas de conversas e termina com uma variedade de shows que passa pelo brega e vai até o hardcore.

A banda lendária "Ratos do Porão" está entre as principais atrações dessa edição, se trata de um namoro que já vinha sendo alimentado desde 2016 e, finalmente, foi oficializado pela equipe do festival, que também vai agregar a música alternativa pernambucana "Duda Beat", a banda punk "As mercenárias" e não poderia faltar o brega paraense da banda Xeiro Verde. A programação completa conta com 18 bandas durante dois dias de shows.

João Gordo, líder do Ratos de Porão, engrossa o coro. “Festivais que dão espaços para diferentes vertentes musicais são sempre bem vindos. Se existe espaço para todos, por que não juntá-los em único festival? Já dividimos palco com Erasmo Carlos e foi sensacional” conta ele, que tem ótimas lembranças da capital paraense e ainda revelou ser fã da banda local Baixo Calão, que também integra a programação do Psica Festival. “Já tocaram com a gente e é sempre um prazer reencontrá-los”, comentou.

O primeiro dia começa com Klitores Kaos, a única banda em Belém de HC/Punk/Crust formada somente por mulheres, seguidas pelo gás e energia do Rejeitados Pelo Diabo (Hardcore/Thrash). Após um início com a distorção no talo, é a vez do Meio Amargo falar de dores e amores se jogando em influências que vão de Wilco a Belchior para trazer músicas pop assobiáveis.

O Cinza vem na sequência trazendo elementos de Bossa Nova, MPB, Rock Alternativo e Blues. Em seguida, o primeiro projeto de fora do Pará: Bloody Mary Una Chica Band (SP), a banda em que Marianne Crestani canta, toca guitarra e bateria enquanto a multinstrumentista DD Dagger usa bases feitas em seu computador, pedais, sax e guitarra para trazer um mix de indie, rock e pop.

A farra no Ná Figueredo encerra com Lauvaite Penoso, que traz consigo uma musicalidade ampla vinda do Carimbó e a vivência musical de cada integrante, passeando estilos como Rock, Hip-Hop, Baião e até o Techno. A banda também é responsável pelo Bloco Sarará Elétrico, que traz versões da obra de Chico Science e Nação Zumbi usando os tradicionais ritmos Carimbó e Lundú.

O dia mais cheio e intenso do Psica Festival será no sábado (22), terá dois palcos no Insano Marina Club e a promessa de marcar época na cena alternativa do Pará. O dia começa com o thrashcore/hardcore paraense da BadTrip. Na sequência, o paraense Pratagy sobe ao palco para mostrar sua mistura de indie eletrônico com sonoridades tropicais e brasileiras, além de experimentações do pop.

 A viagem sonora continua com a banda Cais Virado, que transita desde a lambada/guitarrada, passa pelo rock e traz requintes da multifacetada música pop africana. A distorção e o peso tomam as rédeas novamente com o grindcore paraense do Baixo Calão, uma das bandas mais importantes do estilo no Estado e que promete expor o melhor de sua violência musical explícita. Após anos de hiato, o Eletrola sobe ao palco logo depois para tocar músicas antigas e novas, mantendo as influências de Weezer e Nirvana.

A noite segue contemplando mais gêneros musicais com o hip hop das paraenses Bruna BG & Anna Suav e a surf music contemporânea do trio paulista The Mullet Monster Mafia (SP), que traz melodias de trompete aliadas a linhas rápidas de guitarra.

Mas antes da galera pirar com a variedade de artistas locais e nacionais, a organização do evento se preocupou em disponibilizar dois dias de programação gratuita com oficinas,  rodas de conversas e entre outras opções. Nesta quarta-feira (19), terá a oficina de percussão para crianças com o percussionista Douglas Dias, no Núcleo de Conexões Na Figueredo, às 18h. Na quinta-feira (20), terá um bate-papo com o músico Léo Chermont sobre "vivência em estúdio" a partir das 14h, no estúdio Casarão Floresta Sonora.

Há sete anos o festival Psica agrega uma variedade de gêneros musicais. Para quem acompanha essa trajetória desde o início, recorda que em seus três primeiros anos o festival acontecia em um espaço com aproximadamente 300 pessoas. Esse ano o festival não vai disponibilizar entrada gratuita por um determinado horário, como ocorriam nas edições anteriores, pois os organizadores vão contar mais ainda com a participação do público para quitar o pagamento dos cachês dos músicos.  "Esse ano vamos fazer um festival bem maior e envolve mais pessoas trabalhando. Por isso, estamos contando com esse apoio do público no pagamento dos ingressos e esperamos a compreensão de todos para que eventos como esses perdurem", acrescenta Gerson Dias.

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